Asfalto de Greca ganha ainda mais km durante a pandemia

Com parte dos recursos para a pavimentação já assegurada antes da crise, prefeitura segue obras nas proximidades da residência do prefeito, no Batel

Apesar de estimar uma perda de arrecadação de mais de R$ 595 milhões com a crise causada pela pandemia do coronavírus, a prefeitura de Curitiba trabalha para continuar asfaltando a cidade e terminar obras que já estavam em andamento. Como as ordens de serviços dessas reformas já estavam autorizadas, as intervenções continuam fortes em vários bairros da cidade.

Um deles é o Batel, entre as ruas Vicente Machado e Coronel Dulcídio, nas proximidades do Edifício Valença, onde mora o prefeito Rafael Greca (DEM). A região é repleta de bares e restaurantes e recebia trânsito intenso antes da pandemia, além de muito movimento nos finais de semana.

Obras no Batel. Foto: Plural.jor
Foto: Plural.jor

Para fazer as obras, a administração municipal diz que foram priorizadas as ruas que servem de ligação entre bairros e por onde circulam linhas de ônibus. Na escala de prioridades, vêm as vias que possuem creches, escolas, postos de saúde e outros serviços públicos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras Públicas, mesmo com a crise, a maior parte dos recursos para finalizar todas as obras em andamento já estava garantida. Para complementar os custos, será usada parte de uma reserva “anticrise”, do Fundo de Recuperação e Estabilização Fiscal (Funrec), que soma em torno de R$ 500 milhões.

A prefeitura afirmou que vem trabalhando com uma equipe reduzida desde 17 de março, pois afastou todos os funcionários que estão no grupo de risco da Covid-19. No entanto, mesmo com um ritmo de trabalho menor, garante que os serviços estão acontecendo e que estão sendo tomados todos os cuidados para evitar a contaminação dos trabalhadores.

Promessa de campanha

Foto: Plural.jor

Quando eleito, Greca prometeu que asfaltaria pelo menos 400 quilômetros das ruas de Curitiba. Apesar de terem começado em 2017, as obras de pavimentação ganharam muito mais força no ano passado. Segundo a prefeitura, os novos asfaltamentos já atingiram 357 quilômetros.

A Secretária de Obras foi questionada pelo Plural sobre o prazo médio de durabilidade de um asfalto depois que ele é trocado. Na resposta, o órgão disse que nas pavimentações onde há um tráfego intenso de veículos, o pavimento se desgasta com muito mais rapidez. Com isso, não é possível estabelecer prazos para fazer uma nova pavimentação. Ela só deve ser trocada quando estiver desgastada.

A prefeitura também destacou que esse serviço é considerado essencial e não deve parar em tempos de pandemia.

A população pode exigir a pavimentação de ruas durante audiências publicas e por meio do programa Fala Curitiba.

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