Arquidiocese orienta paróquias a realizarem missa pela paz e descentraliza ato da Igreja do Rosário

Arquidiocese condenou a entrada de manifestantes na igreja e instruiu párocos a promoverem cerimônias pela paz

Ainda em meio as polêmicas ocorridas na semana passada, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, de Curitiba, celebra a missa das 17h neste sábado (12), mas sem o ato da paz, que estava previsto anteriormente. Isso porque a Arquidiocese, por meio de um documento assinado por dom José Peruzzo, orientou que todas as paróquias realizem missas pela paz, descentralizando o ato que aconteceria na Rosário. “Promover a paz. Este é o pedido”, diz o comunicado enviado ao todos os párocos.

No sábado passado (5), o local foi escolhido como ponto da concentração do protesto em memória de Moïse Mugenyi, assassinado no Rio de Janeiro ao cobrar salário atrasado, e contra o homicídio de Durval Teófilo Filho, de 38 anos, morto por um vizinho enquanto chegava em casa. A escolha foi feita por questões simbólicas, já que igreja foi construída no século 18 por negros escravizados e livres.

Depois de atividades culturais e falas antirracistas, parte dos participantes seguiu para dentro da igreja e estava iniciada a discussão. A diocese classificou o ato de “invasivos, desrespeitosos e grotescos” .

Um dos manifestantes era o vereador Renato Freitas (PT), que agora pode ser cassado, por incentivar o grupo a entrar. Ele se desculpou pela ação durante a sessão da Câmara Municipal de quinta-feira (10). “As pessoas ali entenderam que passar a mensagem de valorização da vida, dentro da igreja, seria adequado (…) Algumas pessoas se sentiram profundamente ofendidas e para essas pessoas eu sinceramente e profundamente peço perdão. Desculpa, não foi a intenção de magoar ou ofender o credo de alguém, até porque eu mesmo, como todos sabem, sou cristão”, disse.

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