APP diz que greve em fim de ano letivo será desafiadora

Categoria decidiu paralisar aulas em protesto contra reforma da previdência de Ratinho Jr

A APP-Sindicato, que representa professores e funcionários da educação pública paranaense, decidiu paralisar as aulas bem nos últimos dias de ano letivo. O motivo é a Reforma da Previdência enviada por Ratinho Jr. (PSD) à Assembleia Legislativa, que se soma a uma série de outras políticas que desagradaram ao funcionalismo no primeiro ano de mandato do governador.

Em entrevista ao Plural, o presidente da APP, Hermes Leão, admite que mobilizar a categoria para a greve à beira das férias será um desafio, mas diz que a política do governo do estado não deixou outro caminho. Leia a entrevista abaixo:

Como funciona uma greve a essa altura do ano letivo? Vocês imaginam que vão conseguir adesão?
Realizar uma greve em final de ano letivo é mais desafiador que em outros períodos do ano. Ocorre que o governo Ratinho Jr não deixou alternativa diante de tantos ataques que não seja a greve. Teremos uma semana para reforçar a importância da adesão da categoria e buscar apoio de estudantes e familiares além do diálogo com a sociedade.

Como vocês preveem a reposição das aulas? O semestre letivo pode terminar só em janeiro?
Qualquer debate sobre reposição e calendário será feito no processo do movimento.

Desde que vocês anunciaram a greve, houve algum movimento do governo para tentar diálogo?
Realizamos a assembleia no sábado. Iremos notificar o governo nesta segunda, trata-se de um procedimento técnico, porém, os servidores públicos oficializaram pedido ao governo tanto de retirada dos projetos de lei sobre as aposentadorias como com solicitação de reunião.

Foi um ano de perdas para o funcionalismo público. Como vocês imaginam que será 2020?
Neste primeiro ano de mandato o governo Ratinho Jr optou pelo não diálogo, vem aplicando um programa diferente do anunciado em campanha e vem destruindo direitos conquistados em lutas históricas. Se optar por manter esse mesmo método o futuro será de luta, resistência e os inevitáveis confrontos. Infelizmente se estabelece um cenário de desgastes para todos inclusive para a maioria da população que necessita dos serviços públicos.

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