Alunos e servidores da UTFPR têm intoxicação após comerem em RUs

Relatos informam que cerca de 150 pessoas passaram mal

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) está investigando a intoxicação alimentar de alunos e funcionários que fizeram refeições nos restaurantes dos câmpus centro e Ecoville.

Os primeiros relatos de mal-estar surgiram no último dia 19, quinta-feira, revelados por pessoas que se alimentaram no dia anterior.

A UTFPR, questionada pelo Plural, não confirmou quantas pessoas foram intoxicadas, mas um formulário organizado pelos próprios alunos já recebeu 152 denúncias até esta terça-feira (24). Deste total, 132 são referentes à unidade do centro.

Em nota, a instituição disse que “providências internas já estão sendo tomadas”. E, além disso, orientou para que servidores e estudantes formalizem suas queixas pelo e-mail [email protected], informando a data, horário da refeição (almoço ou jantar), a sede e outras informações, como atestados médicos.

Aluna precisou de atendimento na UPA de Colombo

Um dos estudantes que passou mal foi Gabriel Deólira, 24, graduando em Sistemas de Informação. Ele jantou na quarta-feira (18) no RU do centro e ficou indisposto no mesmo dia. “Eu achei que era só comigo mesmo. Naquele dia serviram fricassê de frango e foi a única coisa diferente que comi. Só fiquei melhor na sexta e aí vi que teve mais gente se sentindo mal”, revelou o estudante.

Outra aluna precisou ser atendida da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Colombo. A estudante de Letras, de 20 anos, pediu para não ser identificada. Ela teve diarreia, vômito, vertigem após sentir um gosto estranho no macarrão, também na quarta-feira. Na manhã do dia seguinte procurou a UPA e teve o diagnóstico de intoxicação alimentar.

Apesar dos relatos, os restaurantes continuavam funcionando normalmente até a tarde desta terça-feira (24).

Atualização

Nesta quinta-feira (26) a empresa responsável por servir as refeições nos restaurantes universitários da UTPFR, Mãos peruanas restaurante, lanchonete e eventos, cuja sede fica em Joinville (SC), enviou uma nota sobre o caso. Leia a íntegra:

“NOTA DE ESCLARECIMENTO

A empresa MÃOS PERUANAS RESTAURANTE, LANCHONETE E EVENTOS EIRELI vem, por meio da presente, prestar esclarecimentos acerca das suspeitas de intoxicação alimentar relatadas por alunos da UTFPR dos campus Centro, Ecoville e Curitiba, à partir do dia 19 de maio de 2022.

Após minuciosa inspeção no local, efetuada pela Vigilância Sanitária no dia 24/05/2022, não foram constatadas quaisquer irregularidades envolvendo o manuseio dos alimentos, tendo em vista que o restaurante segue todos os critérios no processo de preparo e distribuição de refeições exigidos pelo órgão

É importante salientar que o restaurante conta com controle rigoroso de recebimento de congelados, com aferição de temperaturas e verificação de datas de validade, a fim de assegurar ao consumidor final uma refeição produzida com os mais rigorosos níveis de segurança alimentar.

O restaurante lamenta o ocorrido, porém assegura a lisura dos alimentos produzidos e servidos, bem como destaca que apresentará toda documentação relativa ao controle de qualidade para o setor de fiscalização da UTFPR.

Acrescenta-se, ainda, que o Restaurante Mãos Peruanas se coloca à disposição das autoridades competentes no que for necessário, para que siga oferecendo aos alunos da instituição a qualidade de sempre.

Joinville, 26 de maio de 2022.

MÃOS PERUANAS RESTAURANTE, LANCHONETE E EVENTOS EIRELI”

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1 comentário em “Alunos e servidores da UTFPR têm intoxicação após comerem em RUs”

  1. Valter Antonio Ruy

    Informo que almocei no RU dia 16 de março.
    No dia 18 apareceram os primeiros sintomas de intoxicação que mantiveram-se e vieram à tona com diarréia no dia 27 do mesmo mês.
    De lá pra cá, meu intestino ainda não se regularizou.
    Nunca como nada fora e por estar trabalhando em “home office” eu compro tudo e minha irmã cozinha para nós.
    A situação está tão complicada que marquei para o dia 09 de junho exames para investigação de quadro de alteração intestinal ( videocolonoscopia e vídeo endoscopia digestiva alta).
    Solicito ser incluído nos casos de ocorrência bem como de ressarcimento de despesas e desconfortos gerados.

    Att.
    Valter Antonio Ruy
    Aluno de doutorado e Professor EBTT (DACOC)

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