Acusado de matar PM em vila incendiada é condenado a 12 anos de cadeia

Réu nega crime; pouco depois de PM morrer, 300 casas de favela foram destruídas pelo fogo

O homem acusado de matar um policial na Vila Corbélia em dezembro de 2018 foi condenado na noite desta terça-feira (22) a 12 anos de prisão. A condenação de Antônio Francisco dos Prazeres Ferreira foi decidida pelo Tribunal do Júri.

A defesa nega que Antônio tenha matado o policial Erick Norio, baleado quando entrou sozinho na vila. Segundo o advogado, embora inicialmente tenha confessado o crime, o réu diz ter feito isso sob pressão. Ele estava sem advogado, sozinho com os policiais, no momento da confissão.

Depois de confessar, Antônio passou a dizer que o responsável pelo tiro que matou o PM foi outro homem que acabou morto pelos policiais, chamado Pablo. Os jurados, porém, concordaram com a tese da promotoria, que acredita ter sido ele o autor do disparo.

O caso teve início quando a polícia entrou num conjunto de favelas na Cidade Industrial, à noite. Segundo a PM, a viatura errou o local de uma ocorrência e acabou indo parar na vila. Antônio e Pablo teriam se assustado com a chegada de Erick Norio e atirado – supostamente, os dois seriam ligados ao tráfico e deveriam proteger os seus chefes contra a PM.

A história, que é recheada de versões diferentes, fica mais complicada porque, no dia seguinte, a vila foi incendiada, com 300 casas sendo destruídas pelo fogo. Três PMs chegaram a ser presos por serem supostos autores do incêndio criminoso. A PM, porém, nega que alguém ligado à corporação tenha causado o incêndio.

Com informações de Rafaela Moura.

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