Acordo garante emprego de 4 mil cobradores em Curitiba

Dois mil postos de trabalho serão fechados ao longo de quatro anos

Um acordo entre o sindicato patronal e o sindicato dos motoristas e cobradores de Curitiba (Sindimoc) garantiu que o emprego de quatro mil cobradores seja mantido, apesar da intenção da prefeitura de substituir todos os trabalhadores por máquinas leitoras de cartão. Com isso, ao contrário do que o Plural informou, a profissão não será extinta em Curitiba.

Segundo o pacto feito pelas partes envolvidas, só serão eliminados inicialmente postos de trabalho de profissionais que se aposentarem. No primeiro ano, serão 500 vagas fechadas. Esse prazo vai até maio do ano que vem.

A partir do segundo ano, serão fechadas as vagas de trabalhadores que forem requalificados. Um cobrador pode fazer curso para passar a dirigir ônibus, por exemplo. Desse modo, entre maio de 2020 e maio de 2021, poderiam ser fechados até 500 vagas. O mesmo ocorre nos dois anos seguintes.

Somando os quatro períodos, poderão ser extintos até 2 mil postos de trabalho. Como hoje há 6 mil cobradores no sistema, os demais continuariam trabalhando normalmente na mesma função de hoje. A Urbs definiria quais linhas teriam o posto extinto.

Ao mesmo tempo, corre na Câmara o projeto que poderia decidir pela extinção dos postos de trabalho e substituição integral por cobrança eletrônica. Mas um substitutivo apresentado por Rogério Campos, do PSC, vereador que representa os cobradores, derrubou a intenção inicial da prefeitura.

Rafael Greca (DEM) pretendia que a cobrança em todas as linhas fosse feita exclusivamente por máquinas, o que diminuiria custos do transporte, evitando novos aumentos da tarifa. Mas 37 dois 38 vereadores assinaram o substitutivo que retira a palavra “exclusivamente”, o que torna o projeto inócuo: a cobrança continua sendo possível no cartão ou com o cobrador.

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