A Universidade Federal do Paraná (UFPR) deve terminar de esvaziar seus cofres com o pagamento das contas deste fim de mês. Ao quitar compromissos como luz, água e mensalidades de empresas terceirizadas, não restará nada na rubrica destinada a pagamento das despesas do dia a dia.
A falta de recursos se deve ao contingenciamento de R$ 48 milhões determinado pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), que bloqueou 30% do dinheiro de custeio de todas as federais do país. Alegando falta de recursos, o MEC ainda não devolveu a verba, embora haja promessas de que isso aconteça em setembro.
As universidade ligadas ao governo federal têm contas diferentes para salários de professores e técnicos e para as despesas correntes. Os salários, por enquanto, não foram afetados por nenhum contingenciamento. No entanto, existe o risco de instituições começarem a fechar as portas por falta de condições de funcionamento, sem acesso a itens básicos como água, luz e telefone.
O Plural apurou que a UFPR, maior universidade do estado, por enquanto não tem nenhuma conta atrasada, mas que a partir de setembro não te mais como honrar com seus compromissos caso não haja uma mudança no quadro. A partir daí, restaria contar com a complacência dos fornecedores para que os serviços não sejam cortados.
Na semana passada, o secretário de Ensino Superior do MEC se comprometeu com os reitores, dizendo que a melhora nas contas do governo permitiria que a partir de setembro o dinheiro voltasse a ser liberado, gradualmente, para as universidades.
No entanto, até agora isso não aconteceu – e também não há certeza de como isso ocorreria, e de qual porcentual das verbas continuaria contingenciado.