Vereadores se negam a repudiar MEC, mas “apoiam” universidades

Câmara se negou a repudiar corte nas verbas, mas agora se diz defensora da UFPR

Uma semana depois de reprovarem moção de repúdio aos cortes de 30% do governo federal nos repasses às universidades públicas, os vereadores de Curitiba decidiram retomar o assunto em sessão plenária. Desta vez, a proposta será por uma “agenda positiva”. Isso porque em vez de “repudiar” os cortes, as duas moções que serão votadas na casa propõem “apoiar” as universidades.

Em votação simbólica, na última quarta-feira (9), os vereadores rejeitaram a moção de repúdio, proposta pela Professora Josete (PT), à “iniciativa do MEC de cortar R$ 48.000.000,00 no orçamento de 2019 da Universidade Federal do Paraná”. Conforme apontado aqui no Plural, o líder do prefeito Rafael Greca (DEM) na Câmara, Pier Petruzziello (PTB), defendeu que não se deve repudiar o contingenciamento nas universidades.

Ao contrário dos vereadores, uma série de instituições, como o Ministério Público do Paraná (MP), declararam apoio às universidades contra os cortes do governo. Além disso, na última semana Curitiba foi palco de uma várias manifestações públicas com participação de estudantes, pesquisadores, professores e defensores das universidades.

Em meio a este cenário, os vereadores vão retomar o debate das universidades para votar novas moções. Desta vez, em vez de repudiar a decisão dos governo, os vereadores definirão de vão apoiar ou não as universidades. Na prática, a ideia é não se queimar com o governo e nem ficar sem dizer que apoia as instituições de ensino, já que o movimento contra a decisão do MEC está tomando corpo nas ruas.

Os dois requerimentos, um de autoria do vereador Pier Petruzziello e outra do vereador Professor Euler (PSD), tratam do mesmo tema: solicitar “moção de Apoio às Universidades Públicas brasileiras em função do anúncio do MEC sobre o corte de 30% das verbas ou contingenciamento para a Educação Superior”. No requerimento, Pier afirma que, “em função de uma moção de repúdio contra essa atitude do Governo ter sido rejeitada a Câmara, justifica-se a abordagem positiva do tema com uma Moção de Apoio às nossas Universidades Públicas”.

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