Secretária admite que questões econômicas interferem em medidas contra Covid

Márcia Huçulak disse a conselheiros de saúde do município que falta política econômica de apoio ao isolamento

A manutenção da atividade econômica e da remuneração de trabalhadores do setor de serviços pesou na decisão da prefeitura de Curitiba em suspender a bandeira vermelha e afrouxar as medidas de restrição para o combate à pandemia de Covid-19. A informação foi dada pela secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, conselheiros municipais de Saúde de Curitiba em reunião nesta quarta-feira, 9 de junho. “Quando a gente avalia as medidas restritivas, o comitê leva muito em conta essa questão”, disse. E acrescentou: “a grande falha nesse país é que a gente não fez um plano econômico pra apoiar as medidas de isolamento”.

Huçulak, no entanto, negou que a cor da bandeira seja decidida com base em critérios econômicos. “A bandeira é a palavra colocada. Ela é o que há, sem manipulação de dados aqui, nenhuma”. Isso apesar da prefeitura já ter declarado bandeira vermelha duas vezes apesar dos indicadores do Sistema de Monitoramento Covid-19 de Curitiba nunca terem chego a índice 3 (o que é quase uma impossibilidade matemática, como o Plural já noticiou).

Curitiba voltou para bandeira laranja esta semana antes do vencimento do decreto de bandeira vermelha, às vésperas do dia dos Namorados, uma data importante para o setor de restaurantes. A secretária também disse na reunião que está trabalhando com diversos setores e que estes têm “aprimorado a parceria”.

“Mas a gente acredita muito na descida [dos indicadores] por conta aquilo que a gente falou, a gente tem trabalhado já mais de quinze meses, com vários setores no sentido de trabalhar protocolo, de melhorar o controle de acesso, evitar aglomeração, ventilar os ambientes, então os setores têm se aprimorado no sentido também da parceria, né? De vir pra, pra compor com a gente Não é uma briga da saúde com a economia, porque a gente tá querendo que as pessoas trabalhem. É o momento da sociedade entender que não há vida normal, nós tamos vivendo um período de exceção, né?”

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2 comentários em “Secretária admite que questões econômicas interferem em medidas contra Covid”

  1. Said Vallim Rabah

    Hello? É claro que questões econômicas têm que ser levadas em conta. Funcionários públicos já mostraram viver em um mundo paralelo, com seus salários, home office e benefícios garantidos.

    Ao contrário do que a secretária diz “nesse país é que a gente não fez um plano econômico pra apoiar as medidas de isolamento”, ela pode dizer em relação à administração da qual faz parte, a municipal. O governo federal, com todas as críticas que se pode fazer, está indo muito bem no aspecto econômico do enfrentamento, se comparado inclusive com países desenvolvidos.

    Isso é fato fácil de se comprovar pelos indicadores. E pelo reconhecimento oficial da OCDE e convite para que lidere o grupo da recuperação econômica. Só acessar o vasto material em http://www.oecd.org .

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