PSDB pode lançar ex-assessor de Beto Richa à Prefeitura de Curitiba

Edson Lau é uma das esperanças tucanas na tentativa de resgatar o prestígio que o partido perdeu na Capital

Lideranças do PSDB municipal estão apontando para a possibilidade de lançar uma candidatura própria para a Prefeitura de Curitiba nas eleições desse ano. Esse fato não acontece desde a era Beto Richa (PSDB), que foi prefeito (2005-2010) por quase dois mandatos. O nome que cresce com mais força é o do ex-assessor especial da Juventude no governo do Paraná e atual presidente do PSDB na Capital, Edson Lau.

Os tucanos acreditam que investir em caras novas pode mudar a imagem do partido, que tem sofrido com escândalos nos últimos anos. A presidência estadual, por exemplo, já foi disputada por nomes conhecidos na política paranaense, como do ex-governador Beto Richa; do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Valdir Rossoni; e do atual chefe do Legislativo, Ademar Traiano. Todos eles estão sendo investigados na Justiça, por motivos diversos.

Embora seja uma liderança nova, Edson Lau já foi assessor da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba, entre 2011 a 2012, e já trabalhou em conjunto com Marcello Richa, enquanto o filho do ex-governador era presidente nacional da Juventude do PSDB. O possível candidato para as eleições desse ano ficou no governo até a saída de Beto Richa, em 2018.

Atualmente, além de presidir o partido em âmbito municipal, Edson Lau também é assessor comissionado na Alep e está lotado no gabinete do Bloco Parlamentar PSDB/PV. Em entrevista ao Plural, Lau afirmou que quer ser candidato para recuperar os bons anos que seu partido teve na Prefeitura e no Governo. Segundo ele, a população aprovou o trabalho que foi feito.

Lau pretende resgatar bandeiras antigas do PSDB, incluindo a defesa das instituições e algumas posições econômicas características do partido. Para ele, isso deve ser discutido em Curitiba.

29 de abril no Senado

Um episódio em específico que deu visibilidade nacional para Lau foi quando ele foi enviado, pelo então governador Richa, para uma audiência pública no Senado Federal. O evento foi marcado no dia 6 de maio de 2015 e serviu para discutir a Batalha do Centro Cívico, ocorrida em 29 de abril daquele ano.

Na época, houve um protesto de servidores público na Praça Nossa Senhora de Salete, contra o projeto que alterava o regime previdenciário do funcionalismo. Durante a votação, aproximadamente 2,5 mil policiais, com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, cercaram o Centro Cívico e dispararam contra os servidores. Mais de 200 manifestantes ficaram feridos.

Naquele dia, a audiência durou mais de cinco horas e dezenas de pessoas relataram o que presenciaram no dia 29 de abril. Senadores, deputados federais, estaduais, representantes de movimentos sociais e inclusive professores estavam lá. O governador foi convidado a comparecer ao evento, mas não aceitou o convite. Quem representou Richa foi o então assessor-especial da Juventude, Edson Lau, que leu uma carta em defesa do Governo do Estado.

Relação com Richa

Na entrevista, Edson Lau ressaltou que quem trabalhou com o ex-governador Beto Richa tem respeito por ele. O ex-secretário argumentou que o PSDB tem um código de ética e lembrou que Richa continua filiado. Por fim, disse que não tinha nada de ruim para dizer sobre o ex-governador. Contudo, destacou que sabe que vai carregar os “bônus e ônus” da história recente do seu partido na campanha eleitoral.

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