Paraná flexibilizou decreto sanitário para receber Bolsonaro, diz deputada que organizou viagem do presidente

Vinda do presidente estava marcada para sexta (24) e sábado (25), mas foi cancelada por recomendação da Anvisa

O presidente Jair Bolsonaro viria ao Paraná nesta sexta-feira (24) para agendas na região dos Campos Gerais organizadas pela deputada federal Aline Sleutjes (PSL). A visita foi adiada porque o presidente esteve em contato com o ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, que testou positivo para Covid-19. Ao fazer uma live para informar o adiamento, Sleutjes disse que para facilitar os eventos que iriam compor a visita do presidente, o Governo do Estado decidiu adaptar o decreto sanitário de 14 de setembro e aumentar o limite de pessoas em eventos.

Publicado nesta terça-feira (21), o decreto 8771 permite a expansão do limite de pessoas em espaços abertos para cinco mil pessoas, mantendo a capacidade máxima de 60% do público. A realização de eventos em locais fechados foi autorizada mantendo 50% da capacidade e não excedendo o limite de duas mil pessoas. A regra, anteriormente, era de, no máximo, mil pessoas nos eventos. A nova medida ficará em vigor até dia 1º de outubro.

“Eu estive no Governo do Estado segunda e terça-feira. Quero aqui agradecer ao governador pela proatividade em relação, inclusive, a decretos estaduais que foram adaptados para receber o presidente da República”, disse Aline a partir dos 6 minutos e 12 segundos da transmissão abaixo.

O governo do Paraná diz que as alterações no decreto foram impelidas pela melhoria dos dados da pandemia no estado.

“O Decreto 8.771/2021 teve como premissa exclusiva a melhoria do cenário da pandemia no Paraná, com embasamento técnico da Secretaria de Estado da Saúde. Na ocasião, mais de 94% da população adulta tinha recebido ao menos uma dose e já havia sido anunciada a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos, além de quedas expressivas nas médias móveis de casos e óbitos. Um dia depois, a prefeitura de Curitiba adotou medida similar para eventos, flexibilizando as regras para a retomada gradual do setor de serviços”, diz o governo.

Reportagem sob orientação de João Frey

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