“Não podemos cassar um cidadão por ser negro”, diz advogado Kakay sobre caso de Renato Freitas

Advogado disse ainda que o caso do vereador petista “tomou uma dimensão enorme”

O advogado Antônio Carlos de Almeida, o Kakay, falou sobre o processo de cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT), em Curitiba. “Não é possível que na época de hoje possam pensar em cassar um cidadão porque ele é negro”, disse o criminalista.

Kakay integra o corpo jurídico que compõe a defesa de Freitas, que responde a um processo ético disciplinar na Câmara de Vereadores por conta da entrada na Igreja do Rosário em fevereiro. Na ocasião manifestantes participavam de um ato antirracista e encerraram o protesto dentro do templo.

Antes que o plenário pudesse votar, uma liminar suspendeu a sessão até que a apuração da autoria de um e-mail de cunho racista enviado ao endereço eletrônico de Freitas fosse concluída.

A mensagem foi enviada do e-mail do vereador Sidnei Toaldo (Patriota), que foi o relator do processo enquanto tramitava no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

A sindicância aberta na Câmara de Vereadores concluiu, todavia, que o e-mail não foi enviado por Toaldo. O Legislativo, por sua vez, já pediu ao Tribunal de Justiça autorização para dar seguimento ao processo.

Assim como os outros integrantes da defesa do petista, os advogados Edson Vieira Abdala e Guilherme Gonçalves, Kakay também vê racismo no caso de Renato Freitas. “Nós não podemos passar um exemplo desse de cassar um cidadão por ser negro”, criticou.

Fora de Curitiba

O caso de Renato Freitas teve grande repercussão no Brasil. Políticos de diversos espectros se manifestaram, bem como personalidades.

Na próxima semana o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro vai fazer um júri simulado sobre o caso do petista.

“Todos nós temos que fazer essa discussão. Essa discussão tem de extrapolar os muros dos vereadores de Curitiba e passar para a discussão no Brasil”, argumentou Kakay.

O advogado esteve em Curitiba nesta sexta-feira (3) para participar do Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, que ocorreu na Universidade Positivo.

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1 comentário em ““Não podemos cassar um cidadão por ser negro”, diz advogado Kakay sobre caso de Renato Freitas”

  1. Mas ele não pode usar a cor para fazer arruaça, entrar numa igreja aos gritos com pessoas idosas no local , e de uma aberracao jamais vista! Mercê ser cassado sim , porqe el poderia causar maior tragedia devido a maioria das pessoas serem idosas !

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