Grupo curitibano está entre os signatários de carta contra intimidações das Forças Armadas

Grupo integra a rede Pacto Pela democracia, que condenou as ameaças de militares ao Senado Federal

O Kurytiba Metrópole – projeto formado por três jovens na capital paranaense – é um dos signatários de uma carta publicada nesta quinta-feira (8) pela rede Pacto pela Democracia. O texto, cujo título é “A democracia não aceitará intimidações das Forças Armadas”, condena as falas intimidatórias das Forças Armadas direcionadas ao Senado Federal.

“O governo federal, grande responsável pela desastrosa gestão da pandemia, que ceifou tantas vidas desnecessariamente, sob liderança, importante ressaltar, do já citado general Pazuello, tem se mostrado essencialmente autoritário, com ambições golpistas e contrárias ao regime democrático. E agora, sabemos com fatos, também um governo permeado por graves suspeitas de corrupção”, diz trecho do documento. 

A organização Kurytiba Metropole é inspirada em organizações e movimentos que já atuam em outras cidades brasileiras e fazem parte de uma ampla rede de organizações chamada Rede Cidades por Territórios Justos, Democráticos e Sustentáveis. 

O movimento chegou em Curitiba em meados de 2012. Foi nesse momento que os jovens Rafael Oliveira, Raissa Santos e Marilise Oliveira passaram a liderar a iniciativa, dando início ao que hoje é o Kurytiba Metrópole: “Acreditávamos muito nessa ideia do desenvolvimento sustentável das cidades, e vimos ótimos exemplos e resultados já acontecendo em outros lugares do Brasil que tinham esse tipo de organização”, declara Rafael, diretor executivo do projeto.

Atualmente o grupo está envolvido na elaboração de um projeto de lei com diversos vereadores para a criação do Plano de Metas de Curitiba, semelhante ao que se tem em São Paulo. Além disso, está desenvolvendo uma iniciativa apoiada pela Prefeitura que visa pensar a cidade de Curitiba para o ano de 2035, articulando metas e ações com atores locais para a construção do futuro da cidade.

Para Rafael, ações de planejamento como essas são essenciais para o desenvolvimento das cidades: “Já vi exemplos em outras cidades aqui do Brasil que tem ações como o mapa da desigualdade em que você consegue ver a desigualdade entre os diferentes bairros e regiões da cidade. E, a partir desse mapa, você consegue distribuir o orçamento de uma forma mais justa para reduzir as desigualdades. Você pode criar novas políticas públicas, a partir da informação. Saber como a cidade está é bem importante para querer mudar”, relata.

A instituição está em campanha para arrecadação de recursos para cobrir os custos jurídicos, contábeis e operacionais iniciais do projeto. Segundo os organizadores, essa constituição jurídica possibilitará: a participação em editais nacionais e internacionais; a criação da conta bancária da associação; a arrecadação de doações de empresas; a prestação de serviços; e a remuneração dos dirigentes organizacionais.

Para colaborar com o projeto, basta entrar no site e conferir qual o melhor jeito de fazer a sua doação. 

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