Governo Ratinho frustra funcionalismo e negociação salarial pode fracassar

Sindicatos exigem no mínimo a reposição dos 4,94% perdidos para a inflação nos últimos 12 meses

O funcionalismo paranaense saiu de mais uma reunião com o governo Ratinho Jr. (PSD) sem qualquer proposta para a reposição salarial. Com os salários defasados em mais de 16%, sem reposição há três anos, os servidores pressionam o governo para pagar pelo menos os 4,94% perdidos nos últimos 12 meses.

A data-base da categoria é em maio. Inicialmente, o governo deu a entender que não tinha como dar reajuste algum, mas com a mobilização dos servidores, acabou organizando uma comissão para discutir as possibilidades. No entanto, depois de cinco reuniões e de uma extensa revisão das finanças, o governo continua sem apresentar nenhuma proposta.

“Deixamos claro para o governo que estamos frustrados com essa negociação”, disse após a reunião a professora Marlei Fernandes, coordenadora do Fórum Estadual dos Servidores. “Do nosso ponto de vista, a análise das finanças já foi feita. Mas estamos percebendo que estamos indo no mesmo caminho dos últimos anos”, afirmou.

Segundo a professora, a análise da receita do governo em 2019 mostrou que é possível pagar imediatamente os 4,94%, além de mais um ponto porcentual em outubro e outro em dezembro sem que se ultrapassem os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e sem que o estado quebre.

Os sindicatos fazem nesta quarta uma plenária para decidir quais são os caminhos a tomar caso o governo demore a apresentar uma proposta ou a negociação não caminhe para uma solução considerada positiva. O risco de greve não está descartado.

Ao mesmo tempo, os servidores pretendem conversar nesta quarta com o líder do governo Ratinho na Assembleia, Hussein Bakri (PSD), coordenador da comissão de negociação, que não esteve na reunião desta terça. Segundo Marlei, Hussein tem demonstrado boa vontade em negociar e poderia apresentar uma solução para o impasse.

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