Gleisi diz que transferência de Lula para presídio foi “armada” por Sergio Moro

Presidente do PT diz que intenção de medida era "humilhar" ex-presidente

Presidente do PT nacional, a deputada federal Gleisi Hoffmann afirmou acreditar nesta quarta-feira que a tentativa de transferir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o presídio de Tremembé, em São Paulo, foi uma ação coordenada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.

“Foi um absurdo jurídico. Não havia nenhum fato novo que exigisse essa mudança”, afirmou Gleisi, em entrevista por telefone ao Plural. Segundo ela, o fato de a solicitação de transferência ter sido feita pela Polícia Federal – hoje sob comando de Moro – seria um primeiro indício de interferência do ex-juiz da Lava Jato. A proximidade dos dois juízes do caso com Moro também é citada pela deputada.

“Como tudo no processo que envolve o Lula, as coisas acontecem às pressas, de maneira estranha e sem que a defesa seja notificada da maneira correta”, reclamou a deputada, que é advogada por formação. Segundo ela, a intenção “nítida” da tentativa de levar Lula da carceragem da PF em Curitiba para um presídio comum era de “humilhar” o ex-presidente.

Lula está preso há um ano e quatro meses. Como o processo tramitou em Curitiba e ele tem direito a uma sala de Estado-Maior, ficou na carceragem da PF, onde fica isolado dos demais presos. No fim da quarta, depois de um recurso interposto às pressas pelo PT, o Supremo Tribunal federal (STF) anulou a decisão da transferência.

Segundo Gleisi, para o PT o mais importante é o julgamento marcado para o dia 14 no Supremo Tribunal Federal que pode determinar a suspeição de Moro no caso do julgamento do tríplex, o que poderia inclusive levar Lula a ser solto.

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