Evento em Curitiba relembra assassinato de Marielle Franco e discute incidências de crimes na política

Painel ocorreu no Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral e foi mediado pelo jornalista Rogerio Galindo

A jornalista Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, foi uma das participantes de um debate sobre política, crime e justiça, ocorrido nesta sexta-feira (3), em Curitiba. A conversa foi mediada pelo também jornalista Rogerio Galindo, do Plural, e contou com a participação da deputada federal Margarete Coelho (Progressistas) e do produtor de conteúdo Ivan Mizanzuk.

A vereadora Marielle (PSOL) cumpria seu primeiro mandato em 2018 quando foi executada a tiros na noite de 14 de março, no bairro Estácio, na região central do Rio. “Seja lá quem quer que tenha arquitetado esse crime, não esperava que ela ganhasse voz tão grande após o brutal assassinato”, disse a Anielle. Ela também lembrou das fake news que até hoje permeiam o caso da irmã.

Na sequência a deputada Margarete Coelho falou do trabalho exercido por domésticas e donas de casa, que não têm reconhecimento e carecem de direitos.

A discussão seguiu com Ivan Mizanzuk, produtor do podcast sobre o caso Evandro, que teve uma reviravolta depois da apuração e veiculação dos episódios. Neste caso houve falhas da Justiça e também da imprensa, que, segundo Mizanzuk, não se aprofundou nos fatos e apenas reproduziu a versão oficial dos mesmos.

As eleições mais importantes da história

Carlos de Castro, o Kakay, encerrou a mesa falando que esta será a eleição mais importante da história do Brasil. O advogado criticou duramente o presidente Jair Bolsonaro (PL) e não descartou a possibilidade de golpe. “Essas eleições têm importância porque podem ser as últimas”, advertiu.

Especificamente sobre a disputa entre o ex-presidente Lula (PT) e Bolsonaro, Kakay afirmou que “estamos entre a barbárie e a civilização”.

O advogado, assim como os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, disse que o resultado das eleições precisa ser mantido e as arbitrariedades enfrentadas. “Quem ganhar tem de levar. Para isso tem de haver um enfrentamento dos absurdos”.

O debate integrava a programação do VIII Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral que aconteceu na Universidade Positivo.

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