Em depoimento, Renato Freitas mantém crítica a “trambiqueiros”, mas evita individualizar confronto

Vereador está sob julgamento do Conselho de Ética após chamar bancada evangélica de "pastores trambiqueiros"

O vereador Renato Freitas (PT) depôs na tarde desta desta segunda-feira (24) ao Conselho de Ética da Câmara de Curitiba. Eles está sob julgamento após ter sido denunciado por vereadores da bancada evangélica sob a alegação de ter cometido “ofensas discriminatórias”. “Essa bancada conservadora dos pastores trambiqueiros não estão nem aí para vida, só pensam no seu curral eleitoral bolsonarista, infelizmente”, escreveu o vereador no chat da transmissão da sessão plenária da Câmara enquanto se debatia o uso do chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19.

No depoimento ao Conselho, o vereador reafirmou a crítica geral aos parlamentares municipais, estaduais e federais que defendem o uso da cloroquina no tratamento contra a Covid-19 – medicamento que já teve o uso descartado por autoridades de saúde internacionais. Renato, entretanto, evitou individualizar e acirrar as críticas feitas.

“Em momento algum quis individualizar condutas ou atribuir culpa a um ou a outro. Falei de forma genérica, dizendo que há esse comportamento do Oiapoque ao Chuí”, disse Renato.

O vereador disse entender “trambique” como o uso de meios e métodos fraudulentos; o que, no caso em questão, é a opção por manter “currais eleitorais” em detrimento da preocupação pela vida.

Ao fim do depoimento, o vereador Denian Couto (Podemos) levantou uma questão formal relevante para o processo. O comentário de Renato Freitas foi feito durante uma sessão plenária virtual, mas no chat do Youtube, não no momento em que ele ocupava a “tribuna”. Sendo assim, a questão é se a fala está o ou não protegida pela imunidade parlamentar de que os vereadores gozam no exercício do mandato. Na visão de Renato, a manifestação foi chat foi, sim, feita em um contexto formal, de atuação parlamentar.

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