Em Curitiba, Bolsonaro diz que vida do “cidadão de bem” não tem preço

Em visita a Curitiba nesta sexta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro defendeu o decreto que facilitou o porte de armas no país. “A vida do cidadão de bem não tem preço. Quem está à margem da lei, paciência”, declarou. Bolsonaro […]

Em visita a Curitiba nesta sexta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro defendeu o decreto que facilitou o porte de armas no país. “A vida do cidadão de bem não tem preço. Quem está à margem da lei, paciência”, declarou. Bolsonaro estava na capital paranaense para participar da cerimônia de ativação do Centro Integrado de Inteligência de Segurança-Regional Sul, no Palácio Iguaçu.

“Quem está à margem da lei, paciência.” Foto: Mauren Luc

O presidente chegou mais de uma hora atrasado na cerimônia, que começou por volta das 17h, quando uma multidão ocupava a Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio. Um grupo de cerca de duas mil pessoas protestava contra a presença do mandatário, enquanto outro grupo, bem menor, manifestava apoio ao líder do poder executivo brasileiro.

Protesto no lado de fora. Foto: Giorgia Prates

“Tive a honra de assinar um decreto mais amplo, no limite da lei, não como política de segurança pública mas como direito do cidadão à legítima defesa. Afinal, temos que respeitar a vontade popular pois o povo decidiu, sim, pelo direto de compra, posse e, em alguns casos, porte de arma de fogo”, discursou dentro do Palácio, aos gritos de “mito” de correligionários.

“Não cedemos nem recuamos diante daqueles que se dizem especialistas em segurança mas que estouram um ‘traque’ ao lado deles e eles caem no chão”, ressaltou o presidente.

Além de Bolsonaro, discursaram a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, o governador do Paraná, Ratinho Jr, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Mais contido que o chefe, Moro se limitou a defender o Centro Integrado.  “A segurança precisa de mais investimento mas acima de tudo precisamos fazer melhor o que já temos e o melhor é a integração”, defendeu. Mas alfinetou: “Dados e informações relativas ao crime serão centralizadas. Teremos foco nas operações das polícias com agregação de esforços, trabalhando juntos, deixando as vaidades de lado.”

Bolsonaro deixou o Palácio de helicóptero logo após o fim da cerimônia, sem falar com a imprensa.

Ao lado de fora, a multidão de estudantes gritava: “miliciano”.

Foto: Giorgia Prates

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