Deputado paranaense e dono da Havan são alvos de operação da PF

Aliado ferrenho do presidente Jair Bolsonaro na Câmara Federal, Filipe Barros e o empresário Luciano Hang são investigados em inquérito das fake news

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quarta-feira (27), 29 mandados de busca e apreensão em seis estados brasileiros. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O inquérito foca em financiadores de notícias falsas produzidas no país e em ameças à Corte.

Entre os alvos estão o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e o empresário Luciano Hang, proprietário da Havan. Outro paranaense na lista é o influenciador digital Bernardo Kuster. Ele tem um canal no YouTube com mais de 800 mil inscritos. Além deles, as investigações chegaram em outros aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como o ex-deputado federal Roberto Jefferson, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e os blogueiros Allan dos Santos e Sara Winter.

Dos citados, Barros e Bernardo são os únicos que não passaram por mandados de busca e apreensão, mas o STF determinou que eles sejam ouvido em dez dias. O deputado têm feito críticas ao inquérito das fake news nas redes sociais. Em seu Twitter, tem publicado posts em que alega que a ação do Supremo é inconstitucional. O parlamentar chegou, inclusive, a replicar uma frase de Rui Barbosa, que diz que “a pior ditadura é a do Poder judiciário. Contra ela não tem a quem recorrer”.

Empresário

A PF fez buscas na casa de Luciano Hang, na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Hang se pronunciou após a ação e disse que está com a consciência tranquila. O empresário afirma que nunca atentou contra ministros do STF ou contra a instituição.

As investigações apontam o dono da Havan como um dos financiadores das chamadas fake news. Além dele, outros nomes que supostamente fazem parte do esquema são: Edgard Corona (CEO da rede de academias Smart Fit), Reinaldo Bianchi Júnior e Winston Rodrigues (coordenador do Bloco Movimenta Brasil). Foi determinada a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos quatro.

Além de Filipe Barros, a Suprema Corte determinou que alguns nomes sejam ouvidos em até dez dias. São eles: as deputadas federais Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP); deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP); Geraldo Junio do Amaral (PSL-MG); o deputado Douglas Garcia; o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP); e Bernardo Kuster.

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