O governo Ratinho Jr. (PSD) conseguiu 39 votos a favor do fim da licença-prêmio para os servidores públicos do Paraná. Isso significa que nem a oposição votou fechada contra o projeto. E também houve deserções entre deputados que representam categorias do funcionalismo, o que gerou cobranças dos eleitores.
Uma conversa que circula nas redes sociais mostra um deputado da bancada da bala se explicando no whatsapp para um eleitor inconformado com o voto de seu representante.
“Que tipo de representante de classe é você?”, pergunta o eleitor. O deputado responde dizendo que não havia como votar de outro jeito e que, além de tudo, a votação já estava decidida.
“Entendo sua raiva e dos demais. A licença começou morta e íamos perder de qualquer jeito. Tive que escolher em continuar na base e com as tratativas que nos interessam ou fechar as portas do governo de vez, daí seria oposição e passaria o resto do mandato gritando sem avançar. Lá na frente poderei me fuder (sic) e não conseguir, porém sendo massacrado vou continuar”, afirma.
A história lembra muito um caso de 2015, quando o deputado Cobra Repórter (PSC) votou pela aprovação do pacote fiscal de Beto Richa (PSDB) e disse a seus eleitores que fez isso porque, caso contrário, não conseguiria um papel de bala sequer do governador durante o mandato.