A prefeitura de Curitiba pagou mais de R$ 1,8 milhão para receber o Smart City Expo 2019, evento realizado na cidade neste mês de março. Documentos oficiais recebidos pelo Plural mostram que embora o discurso seja de que a cidade foi “escolhida”, o acordo para que a feira acontecesse aqui teve um preço alto.
O contrato para realização do evento foi firmado entre a prefeitura e uma empresa chamada Forus, representante da marca FIRA Barcelona. O contrato, de número 23.431, foi feito com inexibilidade de licitação, no valor de R$ 1.862.000.
Segundo a Agência Curitiba de Desenvolvimento, órgão da prefeitura responsável pela intermediação, o pagamento não significa que a cidade não tenha sido de fato “escolhida”. “Havia várias cidades interessadas, inclusive Buenos Aires”, diz Chris Alessi, presidente da instituição.
De acordo com ela, Curitiba foi de fato selecionada por seu potencial como “cidade inteligente”. E depois pagou o montante como cobertura das despesas que os organizadores teriam para colocar o evento em pé: contratações de palestrantes, passagens, montagem da feira etc.
Em nota enviada à imprensa, a agência também diz que o pagamento “inclui uma série de contrapartidas para a cidade, como ingressos (que foram distribuídos para professores da rede pública, entre outros), indicação de palestrantes locais, espaço de exposição, etc”.
A nota também diz que “o custo-benefício é altamente positivo para a cidade”. “Só em turismo de negócios a estimativa de movimentação da edição 2019 foi de R$ 2,3 milhões, em dois dias de evento, apenas com visitantes”, afirma o texto. Dinheiro que não necessariamente volta aos cofres municipais, mas vem para a cidade.
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