Corregedor da Câmara acredita que Fabiane Rosa pode perder mandato

Mauro Ignácio representou contra a vereadora no Conselho de Ética da Câmara. Corregedor vê indícios graves de que parlamentar praticou "rachadinha"

O caso da vereadora Fabiane Rosa (PSD), acusada de desviar dinheiro de funcionários de seu gabinete, está desde sexta-feira no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O Corregedor Mauro Ignácio (DEM) teve acesso à investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Ignácio já entregou a representação contra Fabiane Rosa para o presidente da CMC, vereador Sabino Picolo (DEM). Para o Corregedor, se a conduta da parlamentar da confirmada pelo MP, ela pode ser punida com a perda de mandato.

A vereadora está em prisão domiciliar e voltou a participar das sessões remotas da Câmara nessa segunda-feira (16). Ela se pronunciou durante a sessão e se defendeu das acusações de Concussão e Peculato, feitas pelo Ministério Público do Paraná. A parlamentar afirmou que está vivendo os piores dias da vida dela. “É uma pena, mas tentaram calar minha voz, espero que não consigam”, diz.

Fabiane negou que tenha se apropriado do que não era dela. “Em nenhum momento fiz as coisas das quais estou sendo acusada”, ressaltou a vereadora, que acredita estar vendo vítima de uma crueldade. “Minha vida foi investigada, casa invadida, minha liberdade, tolhida, estou tomando vários medicamentos”, disse a parlamentar.

A vereadora Fabiane Rosa terá metade do seu salário descontado na sua volta à Câmara Municipal – a perda de remuneração será equivalente aos 16 dias que ela ficou presa.

Após onze dias de sindicância, com diligências internas e com acesso ao trabalho do Gaeco, Ignácio afirma que a Corregedoria constatou que gravidade nas denúncias apresentadas. “Esta Corregedoria está representando a vereadora pela perda do mandato junto ao Conselho de Ética, no qual ela terá amplo direito de defesa”.

A documentação do Gaeco contra Fabiane Rosa está em segredo de justiça, mas a vereadora chegou até a ser presa preventivamente no dia 27 de julho. Ela é suspeita de exigir parte dos salários dos seus funcionários comissionados, a famosa “rachadinha”.

A vereadora foi liberada para voltar pra casa no dia 11 de agosto, ela estava presa Penitenciária Feminina de Piraquara. Nas redes sociais, Fabiane destacou que não poderia falar especificamente do processo porque está em segredo, mas disse que está comprometida com a causa que a elegeu como parlamentar.

Fabiane é a atual presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal até o fim de 2020. Como será julgada, a vereadora será considerada impedida no processo. A tendência é que o vice-presidente Bruno Pessuti (Podemos) conduza o grupo de trabalho.

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