Christiane Yared garante que fim da cadeirinha não passa na Câmara

Deputada pretende ficar com relatoria para rebater proposta de Jair Bolsonaro

Possivelmente a deputada federal mais associada à causa do trânsito no país, a paranaense Christiane Yared (PR) diz que não há chance de o projeto que revoga a multa para quem andar com crianças fora de cadeirinhas no carro ser aprovado no Congresso. “Há pontos que são negociáveis, mas esse não é um deles. Há números que comprovam: a cadeirinha salva vidas”, diz ela.

Para evitar a aprovação, Yared vem se movimentando em Brasília para conseguir a relatoria do projeto. Ela foi escolhida como integrante da comissão, e agora articula com os partidos para estar em condições de relatar a proposição colocando em destaque todos os males que isso acarretaria.

A tentativa de revogar a exigência da cadeirinha faz parte de um pacote de mudanças previsto pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em geral, as medidas afrouxam a legislação, favorecem o infrator e aumentam o risco de mortes nas ruas e nas estradas brasileiras.

Crítica dura

Yared chamou a atenção nos últimos dias por ir à tribuna criticar o governo Bolsonaro pelas medidas anunciadas, mesmo sendo da base de apoio da atual gestão. Eleita após um acidente de trânsito que tirou a vida de seu filho, ela sempre se colocou a favor do rigor da lei.

Não seria o caso então de abandonar a base do governo? “Acredito que o presidente não fez isso por maldade. Não pensou ‘Deixa ver como podemos aumentar o número de mortes no trânsito’. Ele foi mal assessorado”, diz ela, dando a entender que não pretende deixar a base.

Segundo ela, alguns pontos postos em debate por Bolsonaro não são de todo maus. Ela acredita que o aumento do limite de pontos na Carteira de Habilitação antes da cassação para 40 pontos (hoje são 20) pode ocorrer no caso de profissionais; mas não de todos os motoristas, como quer o governo.

No caso do exame toxicológico dos caminhoneiros, que o governo pensa em extinguir para não causar custos aos autônomos, Yared pretende sugerir que a despesa seja assumida pelo SUS. “Vai sair muito mais barato para o SUS pagar um exame do que tratar do caminhoneiro sequelado pelo resto da vida”, afirma.

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