Câmara vai gastar R$ 6,1 milhões para reformar prédios do Legislativo

Sabino Picolo diz que recursos para as obras já estavam previstos antes da pandemia

A Câmara de Curitiba está licitando a troca de cobertura e reformas internas do Prédio do Pátio na CMC. Oito empresas já se candidataram para realizar os serviços nos prédios da Câmara. O valor máximo previsto no edital é para que a obra custe R$ 1,1 milhão.

O Legislativo também lançou outra licitação, essa para fazer adequações e fornecer novas instalações elétricas e de telecomunicações. O custo dessa reforma será de cerca de R$ 5 milhões.

As duas reformas são avaliadas em cerca de R$ 6,1 milhões para os cofres públicos. No caso do Prédio do Pátio, vão ocorrer em razão de a construção já ter mais de 30 anos de uso. A ideia é que seja feita substituição da estrutura e telhamento da cobertura, a troca de forro no pavimento superior e na sala da Procuradoria Jurídica no térreo. Além disso, haverá a revisão de instalações elétricas, retirada de divisórias, troca de esquadrias por painéis acústicos, pinturas e troca de pisos.

De acordo com a Comissão de Licitação, o andamento da reforma é uma determinação do próprio presidente Sabino Picolo (DEM). Depois da abertura para propostas, a empresa que oferecer o preço mais vantajoso será a escolhida para execução do serviço. Os detalhes da licitação podem ser consultados no site do Legislativo.

Procurado pelo Plural, Sabino disse que a avaliação para escolha da empresa prestadora do serviço será criteriosa para que não haja qualquer problema na execução das obras. O presidente também afirmou que o procedimento para reforma já está sendo discutido há meses, além disso, reforçou que os recursos para os trabalhos já estavam previstos antes da pandemia.

Sabino Picolo destacou que a reforma na Câmara Municipal é uma oportunidade para gerar empregos em um cenário de crise na Cidade. Segundo ele, enquanto a maior parte das empresas está demitindo, o Legislativo está empregando. “Reformar o prédio é gerar emprego pra quem está ai, gera emprego e renda”, diz Sabino.

Necessidades da Câmara

A Câmara de Curitiba também deve fazer novas instalações elétricas e de telecomunicações. De acordo com a administração, são quase 600 funcionárias sob resposabilidade da CMC e a ideia é que a manutenção desses serviços seja dimensionada de acordo com as necessidades da Casa.

De acordo com o presidente Sabino Picolo, as reformas devem aprimorar a qualidade do sinal durante as sessões remotas. “A internet é deficitária, mas como se passou a fazer as sessões remotas, nós temos que ter a internet, se não a melhor, a melhor possível, a mais adequada pra gente fazer as sessões remotas e transmissões”, diz Sabino. Em adicional, o Chefe do Legislativo também afirmou que quer ter a Câmara mais informatizada e conectada do país.

Em entrevista ao Plural, o Diretor-Geral da Câmara Municipal, Daniel Dallagnol, afirma que as instalações da Câmara são precárias e, em algumas construções, até chove dentro do Legislativo. Além disso, o gestor afirmou que a rede elétrica dos prédios está instalada há mais de 40 anos e precisa de manutenção.

Dallagnol foi questionado sobre o fato de as licitações caminharem em período de pandemia. Em resposta, disse que a Câmara tem recursos contingenciados do seu orçamento e que serão usados. Segundo ele, a discussão sobre a reforma dos prédios do Legislativo está acontecendo desde o ano passado.

O Diretor-Geral defende a aplicação dos recursos para as reformas, e destacou que a Câmara Municipal tem as suas necessidades. Segundo ele, o patrimônio público precisa ser bem aplicado e legalmente aplicado. “O patrimônio público é da sociedade, da comunidade, não vamos fazer (a reforma) por causa da pandemia?”, argumentou Dallagnol.

Sem prédio novo

Apesar do anúncio das reformas, os dois gestores foram unânimes em dizer que não há chances da Câmara investir em um prédio novo nos próximos anos. A discussão para uma nova sede no Legislativo dura mais de duas décadas e estava listada como uma das metas de investimento para 2020, contudo, deve ficar para o futuro.

A ideia de implantar uma nova sede vem desde a gestão de João Claudio Derosso de 2002. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) chegou até a projetar um prédio que ocuparia as áreas de estacionamento entre os anexos I e II, no fundo do Palácio Rio Branco na Câmara. No entanto, o plano foi descartado e os vereadores ainda devem elaborar um relatório com novas especificações para a obra.

De acordo com o Sabino Picolo, a construção de um novo prédio está “abortada”, por não haver recursos disponíveis. O presidente garantiu que o Legislativo não vai usar nenhuma verba que esteja direcionada para saúde e educação. Para ele, o assunto só deve ser discutido depois que a pandemia passar em Curitiba.

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