Após repercussão negativa, acionistas da Sanepar negam aumento à diretoria

Administradores pediam cerca de 12% de aumento do valor global na própria remuneração

Os acionistas da Sanepar recusaram o aumento de 12% nos salários da diretoria da empresa. O pedido de reajuste que aumentaria em R$ 1,7 milhão o valor global de remuneração dos administradores foi negado em assembleia dos acionistas nesta quarta-feira (24). A medida foi após repercussão negativa do pedido na imprensa. Na semana passado, o Plural revelou o percentual de aumento solicitado pela diretoria.

Conforme consta na ata da assembleia, por maioria, foi definido a manutenção da “mesma remuneração da administração aprovada na 54ª AGO, ou seja não será aplicado qualquer reajuste na referida remuneração, já contemplados os encargos sociais”. O valor mantido é de R$ 13,9 milhões. O pedido da diretoria da empresa levaria a quantia ao montante de R$ 15,6 milhões.

Se comparar o valor global de remuneração pago em 2018, de R$ 11,8 milhões, ao que foi pedido pela diretoria, a diferença pode chegar a pouco mais de R$ 3,9 milhões. Neste caso, o aumento pedido seria de cerca de 30%, ou seja, quase oito vezes a inflação acumulada para o período, de cerca de 4% pelo INPC/IBGE.

Na semana passada, ao Plural, o governo afirmou que não havia aprovado aumento. Via assessoria, o Executivo alegou que, assim como congelou os salários do governador e dos secretários, não vai autorizar aumentos de cargos de gestão.

Espera-se agora que o governo mantenha a mesma postura na próxima segunda-feira (29), durante assembleia dos acionistas da Copel. Assim como na Sanepar, a diretoria também solicitou reajuste do montante global de remuneração.

Na Copel, o aumento pedido pela diretoria é mais “modesto”, chegando a 15% se comparar o que foi pago a título de remuneração em 2018, pouco mais de R$ 11,7 milhões, com o que a diretoria está propondo de reajuste para 2019, um total global de R$ 13,6 milhões. Se comparar o valor aprovado no ano passado, de R$ 13,5 milhões, o aumento pedido para o exercício atual cai para menos de 1%.

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