Após declarações de Ratinho, sindicatos começam a falar em greve

São três anos sem reajuste, graças à política de arrocho de Beto Richa (PSDB) e Cida Borghetti (PP)

Os comentários de Ratinho Jr. (PSD) e de secretários ligados a ele nos últimos dias, dando a entender que o funcionalismo vai passar mais um ano sem reposição da inflação, fez surgir pela primeira vez em algum tempo a palavra mais temida pelo governo: greve.

Nas redes sociais, enfurecido com a postura de Ratinho, que contraria tudo que ele disse durante a campanha, o Fórum das Entidades Sindicais, que reúne os sindicatos de servidores paranaenses, falou claramente: “Vai ter protesto, paralisação, greve”.

O primeiro protesto está marcado para o dia 29, quando completa quatro anos a pancadaria do governo Beto Richa contra os professores e manifestantes no Centro Cívico. Vários sindicatos estão convocando um dia de paralisação e manifestações.

O acordo sobre o reajuste dos salários em tese deveria ser fechado agora, para valer a partir de maio. O secretário da Administração, Reinhold Stephanes (PSD), tem uma reunião com os sindicalistas na próxima sexta (25). Disse que na ocasião vai informar a decisão do governo e suas razões (curiosamente, em nenhum momento falou que vai “ouvir” os sindicatos).

A estimativa é de que o salário do funcionalismo tenha hoje defasagem superior a 16%. São três anos sem reajuste, graças à política de arrocho de Beto Richa (PSDB) e Cida Borghetti (PP).

Nos últimos dias, depois que Ratinho afirmou que poderia ser uma “irresponsabilidade” dar o reajuste, começaram a vir à tona novamente vídeos, entrevistas e declarações da época em que ele cobrou que Cida Borghetti, sua oponente na eleição, desse pelo menos a inflação do ano. Agoira, Ratinho diz que falou isso por ter sido “iludido” por Cida Borghetti.

Os sindicatos exige basicamente o mesmo do atual governador: que cubra pelo menos os 4,5% da inflação dos últimos 12 meses.

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