A série de trapalhadas do governo na CCJ mostra que existe uma esperança para o brasileiro que é contrário à reforma da Previdência. Essa esperança tem nome e CPF: chama-se Jair Bolsonaro (PSL).
A absoluta incapacidade do presidente eleito de compreender como funciona a articulação no Congresso (mesmo depois de ter passado lá 28 anos, sabe-se lá fazendo o quê) é a responsável direta para que a reforma caminhe a passos largos rumo à gaveta.
Bolsonaro indicou líderes despreparados para a Câmara e o Congresso, a ponto de a salvação da lavoura ser a dublê de jornalista e plagiária Joice Hasselmann (PSL), que jamais coordenou uma votação na vida.
O presidente da CCJ, o jovem Felipe Francischini (PSL) acabou ficando com um pepino impossível na mão. O próprio partido do presidente, que tem a maior bancada no Congresso, está rachado. No Planalto, tudo virou culpa de Francischini.
O deputado, que está há apenas um mês no cargo,reclama que o governo não tem a menor estratégia e que espera que ele, ao invés de comandar a CCJ, seja o líder do governo – já que o verdadeiro líder é um estrupício.
Com tudo isso, a oposição, que é mais experiente, nada de braçada. Mesmo sendo minoria, inverte a pauta, alonga discursos, obstrui. E o governo, embora tenha maioria absoluta, não sabe sair das cordas.
A votação foi jogada para depois da Páscoa. Tudo indica que ao voltar do feriado os deputados do governo não vão ter ficado mais inteligentes, nem vão ter aprendido a jogar por música.
A luta entre governistas era para ser entre Davi e Golias. Mas o Golias governista, ao contrário do bíblico, nem parece muito a fim de briga. Fica só lambendo um picolé enquanto a reforma que o governo queria é trucidada, diante dos olhos felizes da população.