A empresária Fernanda Paludo, de Curitiba, sempre gostou de moda e uniu o útil ao agradável acabou criando o Clube Lupa, focado em experiências que propiciam bem-estar com parceiros que têm responsabilidade ambiental.
A guinada na carreira foi um processo longo. Em 2017, ela e o marido mudaram para Califórnia para que ele fizesse mestrado. Fernanda então assumiu ama posição na loja Forever 21, na cidade de San Francisco.
Começar novamente na carreira, arrumando as prateleiras da loja, era parte de uma preparação para o empreendimento futuro.
Para além de estereótipos, a indústria da moda deve faturar 1 trilhão de dólares em 2025, com crescimentos sucessivos de 11,4% ao ano, conforme dados do Valor Investe.
Paralelo ao terreno próspero, enquanto aprendia mais sobre o varejo, Fernanda usava as redes sociais para dar dicas de marcas que tinham preocupação com causas ambientais e bem-estar. Moda com propósito, com diria André Carvalhal.
O número de seguidores foi aumentando – hoje são pouco mais de 10 mil. As perguntas sempre versavam sobre os mesmos assuntos: quais marcas ou brechós ela indicava?
Depois de um período na Forever 21, Fernanda foi trabalhar na Nordstrom e aprendeu sobre o valor das experiências de compra, além de ter acesso a peças de grifes famosas. O aprendizado seria usado mais tarde na concepção do Lupa.
Na internet
A demanda das redes sociais fez com que Fernanda criasse um catálogo de brechós indicados por ela em Curitiba e, de volta ao Brasil, a monetização, ainda tímida, começou a surgir nas redes sociais.
A lembrança da experiência dos clientes na Norstrom, o conhecimento do comportamento de compra na Forever 21 e a própria vivência em brechós afloraram a ideia da criação do Clube Lupa. Aí veio a pandemia. “Eu já tinha usado as redes sociais para anunciar o novo projeto, mas aí tive que comunicar o adiamento”, lamenta.
Apesar da bandeira vermelha e do lockdown na capital paranense, o projeto foi retomado com alguns parceiros dos quais a própria Fernanda era cliente – restaurantes, lojas, brechós e galerias de arte.
No primeiro momento não havia custos para que os empresários aderissem ao clube.
Com o negócio rodando, a internet foi também um alívio para empresários que não puderam trabalhar durante os períodos mais agudos da pandemia de covid-19.
Reformulação
Junto com as medidas de flexibilização, o negócio continuou em expansão. Do primeiro site e primeiro formato, agora a clube tem uma página mais funcional, com filtros que permitem melhor experiência ao usuário e com mais parceiros.
Foram R$ 50 mil de investimento nesta reformulação – que contou com rebranding e com aplicação de feedbacks feitos pelos clientes durante o ano anterior.
O número de assinantes chegou a 280. Os planos são anuais (R$ 19,90 por mês), semestrais (R$ 21,90 por mês) ou mensais (R$ 31,90). Os participantes têm acesso às experiências criadas especialmente para o Lupa.
Os assinantes, por exemplo, podem ir a um salão de beleza parceiro e além dos tradicionais serviços usufruem de massagem ou espumantes exclusivos para membros do Lupa. “Essa curadoria é essencial porque são locais eu já frequentava, que eu conheço a qualidade, então é tudo muito específico”, destaca a empresária.
Expansão
Por enquanto, o Clube Lupa tem atuação apenas em Curitiba, mas há planos para expandir as atividades. Os negócios, porém, caminham lado a lado com a responsabilidade social.
Do total do lucro mensal, 10% do valor é destinado para iniciativas de serviço social. Durante a pandemia, o valor foi direcionado para a iniciativa “Toda Ajuda Importa”, que fornece marmitas para pessoas em situação de rua. Também foram feitos repasses para o Banco de Roupas e Igualdade Menstrual.
“Por óbvio estamos bem com o pé no chão [com a expansão], somos focados em trabalhar com negócios locais e esse é o modelo que vamos seguir.”
Adorei a matéria e o projeto!!! Bem explicada e completa!!
Nossa, não entendi nada
90% da nateria nao fala nada com coisa nenhuma e quando você acha que vai ser explicado o que é o projeto, a reportagem acaba.