Hospital de Clínicas terá equipe reduzida em 11%

Até o fim do ano, haverá redução de 500 funcionários. Demissões integram acordo judicial

Diante da greve de funcionários que afeta 35 setores do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba, que protestam contra 500 demissões, a entidade não quis dar entrevistas. Também não explicou como continuará a garantir o atendimento; se vai haver concurso público, novas contratações terceirizadas ou a redução definitiva na equipe de profissionais – até então contratados por CLT, via Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). Segundo o sindicato da categoria (Sinditest), o número de desligamentos representa 11% do total de funcionários do hospital, que hoje é de 4,5 mil.

O HC se manifestou por meio de nota. Segue, na íntegra:

“O Complexo Hospital de Clínicas informa que, apesar da paralisação de aproximadamente 100 trabalhadores ligados à Funpar, que teve início em 11/11/2019, os serviços do hospital mantiveram suas atividades com os demais colaboradores. A greve busca a reversão de acórdão do Tribunal de Contas da União e acordo judicial junto ao Ministério Públicos do Trabalho, que trata do desligamento destes profissionais.

Reforçamos que foram realizados esforços para que está judicialização de mais de 20 anos tivesse outro final. Reconhecemos a importância, o trabalho e a dedicação de todos os funcionários da Funpar, sem os quais o CHC não conseguiria executar adequadamente sua missão de ensino e assistência ao longo destes anos.

A gestão do CHC esclarece que se faz obrigatória a demissão destes profissionais vinculados à Fundação de Apoio da UFPR (Funpar/UFPR)por acordo judicial junto ao Ministério Público do Trabalho, assinado em novembro de 2014. Há ainda um acórdão do Tribunal de Contas da União, que dá ao CHC e outros nove Hospitais Universitários em situação similar, prazo até dia 31 de dezembro de 2019 para que esses profissionais fundacionais sejam desligados da instituição.

As demissões estão ocorrendo conforme liberação de verba pelo Ministério da Educação. Havendo liberação financeira por parte do MEC, tanto a UFPR quanto a Funpar, de forma solidária, se responsabilizam pelo pagamento de todas as verbas rescisórias aos empregados fundacionais lotados no Complexo Hospital de Clínicas da UFPR. O não cumprimento destas obrigações pactuadas no acordo judicial implicará em responsabilidade e multa pecuniária.”

Colaborou: Rafaela Moura

Foto: Rafaela Moura

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