Waltel sai das boates para conhecer Piazzolla

No segundo trecho da biografia de Waltel Branco publicado pelo Plural, Felippe Anibal contra como o músico paranaense ganhou o mundo pela primeira vez.

Em 1955, a chegada da cantora cubana Lya Ray colocou Curitiba em polvorosa. Mulher exuberante, a “cantante” chamava a atenção não só por ser “exímia dançarina” – como descreviam os cronistas –, como por suas interpretações vívidas, que transitavam de boleros doloridos a rumbas e cha-cha-chás. De quebra, a latina ainda exibia um sorriso de deixar bobo qualquer espectador e, quando desfiava canções mais flamejantes, o fazia olhando para a plateia de tal forma de cada um pensava que era para si que ela cantava.

Lya Ray estava acostumada a, uma vez por ano, fazer excursões por algumas capitais brasileiras – como Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Tinha um ônibus todo pintado de vermelho – sua cor favorita – no qual viajava com seus músicos, pelas cidades em que fazia curtas temporadas. Aquela era sua estreia em Curitiba e, ao longo de duas semanas, tocaria em quase todas as boates, sempre causando frisson.

A primeira vez que Lya Ray foi ao Manhattan, não foi para se apresentar, mas para conhecer a casa, a convite da própria Ema Taylor. A cubana foi recebida com pompa e legítimo champanhe francês pela dona da boate, que gastou seu espanhol a noite toda. Mas quem impressionou mesmo a estrela internacional foram dois rapazes que, no canto do salão, faziam seus respectivos instrumentos se casarem, em perfeita harmonia: Waltel Branco, ao violão, e Gebran Sabbag, ao piano Essenfelder-A.

Leia o primeiro trecho da biografia publicado pelo Plural:

https://www.plural.jor.br/1954-curitiba-fica-pequena-para-o-jovem-waltel/

Lá pelas tantas, Lya Ray não resistiu. Levantou-se e pediu para dar uma canja com os músicos, para delírio de quem teve a sorte de ir ao Manhattan naquela noite. A cantora foi de um extremo a outro: pediu um bolero, ao fim do qual emendou dois mambos requebrantes. Talvez fosse uma espécie de teste aos instrumentistas, porque depois de sua rápida e calorosa apresentação, ela voltou ao seu lugar, onde permaneceu até o fim da noite.

Quando encerraram expediente, Waltel e Gebran quase caíram duros: foram convidados por Lya Ray para integrarem o Copacabana Serenaders, o conjunto que a acompanhava. Se aceitassem, em menos de um mês, estariam no Uruguai, tocando com Lya Ray no disputado carnaval de Montevidéu. O violonista não pensou duas vezes e aceitou na hora. Há tempos, já vinha manifestando a Ema seu desejo de dar baixa do Manhattan, para tentar a vida fora. Na pior das hipóteses, seria uma grande aventura, já que Waltel estava longe de dominar o castellano – era versado apenas em “portunhol”, forjado em boates.

Gebran teve ganas de fazer o mesmo e abraçar a oportunidade sem pestanejar, mas controlou os próprios impulsos. Como manda a tradição árabe, precisava consultar o pai, o que fez logo no dia seguinte. Contudo o patriarca Zake Thagme Sabbag, depois de ponderar por uns poucos segundos, disse apenas um “não, filho”, colocando fim à pretensão do pianista de se juntar à excursão.

Próxima parada: Uruguai

Menos de duas semanas depois, Waltel embarcaria no chamativo ônibus vermelho, se unindo aos outros seis músicos que integravam o Copacabana Serenaders, a Lya Ray e ao noivo dela, Edwin Gomez, um porto-riquenho empertigado que, de cara, não causou boa impressão ao violonista.

Quando encerraram expediente, Waltel e Gebran quase caíram duros: foram convidados por Lya Ray para integrarem o Copacabana Serenaders

Um parêntesis: classificar Gomez de noivo não quer dizer que ele havia trocado alianças com a cantora ou que ambos planejassem se casar. À época, quando se supunha que um casal da sociedade “mantinha relações” sem estar casado de papel passado, costumava-se dizer que se tratava de “noivos”. De certo modo, um eufemismo – um tanto quanto hipócrita, é verdade, mas um eufemismo. Pois bem.

Palácio Salvo: o lugar em que Waltel conquistou os uruguaios.

Ao volante, ia o motorista Garcia, um mineiro incansável, capaz de dirigir 18 horas seguidas, sem cochilar. Após cruzar sem o mínimo luxo as estradas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul (dormindo no próprio ônibus ou em espeluncas de beira de estrada), o grupo chegou enfim ao Uruguai. Pode ser que houvesse algo de psicológico nisso, mas ao cruzar a fronteira com o país vizinho, Waltel sentiu nítida diferença. Apesar de estarem em pleno verão, o sol uruguaio se fazia mais brando e uma brisa dava de soprar no fim da tarde, tornando a atmosfera mais agradável.

Os bons ares pareciam ter deixado definitivamente para trás, também, os sacrifícios da viagem. Nada das poltronas desconfortáveis do ônibus ou as simplórias estalagens. Em Montevidéu, hospedaram-se no histórico Casino Parque Hotel, de frente para a Playa Ramirez e vizinho do Parque Urbano (atual Parque Rodó). Era a primeira vez que Waltel pisava um cassino (a jogatina estava proibida no Brasil desde 1946) e não era um cassino qualquer: tratava-se do primeiro da América do Sul.

Leia o terceiro trecho da biografia no Plural:

https://www.plural.jor.br/so-porque-eu-sou-crioulo-waltel-disse-ao-ouvir-o-apelido-dado-por-vinicius/

Como não tinham compromisso na primeira noite em Montevidéu– já que precisavam se refazer da viagem –, o violonista se pôs a rodar pelo salão de jogos, impressionado tanto pelas mesas de pôquer e de roleta, quanto pelas dezenas de caça-níqueis, quanto pelo naipe dos frequentadores, a quem as fichas casadas com voracidade pareciam não ter valor. Era como se o dinheiro não lhes importasse, como, de fato, não devia mesmo importar, uma vez que o Casino era frequentado por industriais, ruralistas e políticos – a nata da elite uruguaia – tão ou mais ricos quanto os frequentadores do Manhattan e do La Vie en Rose, de Curitiba, ou do Copacabana Palace e do Vogue, do Rio.

Ao menos nos cassinos, clubes e boates, o carnaval de Montevidéu não durava quatro, mas dez noites. Começava na sexta-feira – na anterior ao sábado que oficialmente costuma abrir o carnaval –, se estenderia pelo fim de semana, passaria incólume pela Quarta-Feira de Cinzas e só terminaria no outro domingo. Esse período seria de trabalho tão intenso para Lya Ray e seus Copacabana Serenaders que é de se espantar que nos últimos espetáculos a cantora ainda tivesse forças para requebrar os quadris, enquanto cantava seu repertório – agora, mais calcado em ritmos dançantes, como salsas, mambos e rumbas.

Madrugadas de mambos e tangos

O conjunto chegava a fazer três apresentações por dia, em lugares previamente agenciados por Edwin Gomez. Uma das primeiras aparições do grupo em Montevidéu se deu na Radio Nacional, ao vivo, e serviu como um belo cartão de visitas. Assim como na congênere do Brasil, tocar na Nacional do Uruguai era sinônimo de prestígio. Logo, começaram a chover oportunidades para animar festas em cassinos e hotéis.

Em um desses convites, Lya Ray e os Copacabana Serenaders fizeram seu melhor espetáculo em pleno Palácio Salvo, o edifício mais emblemático de Montevidéu. Inaugurado em 1928 e localizado na Plaza Independencia, o prédio era, então, a torre mais alta de toda a América do Sul, com 85 metros de altura e 27 pisos. O palácio fora erguido pelos irmãos Salvo – genoveses e industriais do setor têxtil –, como símbolo de uma era de status e opulência. Esses dois elementos, aliás, não faltaram na noite em que Lya Ray e seu conjunto fizeram com que parte da elite de Montevidéu varasse a madrugada, suando no salão, sob ritmos latinos.

Quando o grupo fazia menção de parar, se ouvia da plateia um coro de “una más, una más”, o que fazia com que os músicos voltassem a tocar. Após o encerramento da apresentação, um político falastrão engatou conversa com Waltel no hall de acesso ao salão principal e, entre parabenizações e bajulações, contou que aquele palácio havia sido construído no mesmo terreno onde, antes, ficava a Confeitaria La Giralda.

Excursão rendeu comentário em revista.

Como Waltel deu de ombros, o uruguaio acrescentou a informação mais importante: a La Giralda foi o local em que Gerardo Matos Rodríguez estreara o tango uruguaio mais famoso, o La Cumparsita. Foi então que o violonista teve um insight e não se fez de rogado. Mesmo estando em um dos berços do tango, não se encolheu. Fez vir seu violão e, ali no hall mesmo, tocou La Cumparsita com tanta propriedade, que nem parecia que minutos atrás estava atacando de mambos e rumbas.

O show instantâneo provocou uma aglomeração em torno do músico e, é claro, começaram a se suceder pedidos, que Waltel não se furtou em atender. Algumas solicitações vinham em tom de desafio, como se os uruguaios nascidos sob o tango quisessem pôr à prova aquele brasileiro – que acabou tirando de letra os testes e inquirições. Talvez tenha sido a primeira e única vez que um baile de carnaval tenha terminado em tango. De quebra, a apresentação improvisada contribuiu para a fama do conjunto de Lya Ray: passou-se a ventilar que, no grupo que acompanhava a cantora cubana, havia um violonista brasileiro que tocava tango como se tivesse nascido na bacia do Rio da Prata.

Além da noite no Palácio Salvo, também foram importantes os dois espetáculos de Lya Ray e os Copacabana Serenaders no Casino Parque Hotel, que tinha a fama de deter o melhor e mais tradicional carnaval de salão do Uruguai. Além da latinidade do conjunto, o baile era animado por uma febre do momento, o lança-perfume, a que os ricaços uruguaios parecem ter aderido em peso. Como novidade, Waltel turbinou as apresentações, acrescentando um quadro em que os Copacabana Serenaders dividiam o palco com uma cuerda de candombe – ritmo africano calcado em tambores e atabaques, trazido ao Uruguai por escravos dois séculos atrás.

O violonista brasileiro havia conhecido aquela batucada numa tarde que teve agenda livre e que saiu para conhecer outros bairros de Montevidéu, até cair no Palermo, onde se deparou com a comparsa de tocadores. Waltel ponderou que o candombe representava para o Uruguai o que o samba representava para o Brasil. No show do Casino, os três percussionistas uruguaios – um ao tambor conhecido como piano, um ao chico e outro ao repique – deram um caráter popular à festa, apesar dos smokings e longos de seus frequentadores. Após o espetáculo, Gomez alçou Waltel ao posto de diretor musical do Copacabana Serenaders, mas, como veremos adiante, o novo cargo de pouco valeria.

A excursão de Lya Ray e seus Copacabana Serenaders rendeu um registro na Revista del Radio Nacional. A foto mostra a sorridente cubana à frente de seu conjunto, perfilado com seus integrantes envergando seus dignos smokings. O texto destacava que “o meritório conjunto, cuja sobriedade na interpretação vocal e musical, sem ser brilhante como outros conjuntos de maior hierarquia a que estamos acostumados, não deixaram de nos impressionar muito”. A nota mencionava ainda que, após a passagem pelo Uruguai, o grupo seguiria para outros países, até chegar aos Estados Unidos.

É bem provável que essa informação complementar tivesse sido plantada por Gomez. Desde que chegaram ao Uruguai, o empresário espalhava que estava negociando a expansão da turnê, o que renderia muitos pesos aos músicos. Com base nisso, o porto-riquenho havia forçado um acordo com os Copacabana Serenaders, segundo o qual os integrantes não receberiam ao término de cada apresentação, mas ao fim da estadia do conjunto em cada cidade. Deste modo, Waltel não havia recebido um único cachê até então, apenas uma ajuda de custo diária, para eventuais gastos fora do hotel em que estavam hospedados.

Um certo Astor Piazzolla (ou o Alemão)

Quando o carnaval chegou ao fim, o grupo não fez as malas para pegar a estrada rumo ao próximo país, como seria de se supor. Gomez dizia estar a ponto de fechar novas apresentações em casas de tango de Montevidéu e uma possível curta temporada em Punta del Este. Nesse período de folga, Waltel decidiu conhecer o Bar Fun-Fun, de que tanto lhe falavam quando o assunto era tango. Ali, a uma das mesinhas do tradicionalíssimo bar fundado em 1895, o brasileiro trombou com um montevideano boa-pinta, que atendia por Gentille. Acaso dos acasos, este acabara de ser arrebanhado como guitarrista de apoio de ninguém menos que Astor Piazzolla.

Astor Piazzolla, lenda do novo tango argentino.

Quando soube que Waltel era o tal brasileiro que havia feito o Palácio Salvo amanhecer ao som do tango em pleno carnaval, Gentille não teve dúvidas: no primeiro intervalo, valendo-se de sua condição de frequentador assíduo do Fun-Fun, assumiu o palco e convidou o forasteiro para juntar-se a ele – cada qual, em um violão. Acompanhados pelo bandeonista da casa, executaram “Balada para um loco”, de Piazzolla, com Gentille fazendo as vezes de cantor.

Ao fim de casa música, o uruguaio perguntava: “¿Qué quieren oír?”. De modo que passaram a próxima hora atendendo aos pedidos. Mais uma vez, Waltel se sentiu como em um teste. Pode ser que tenha sido quase isso, porque dois dias depois Gentille foi ao Casino Parque Hotel, convidar o brasileiro para conhecer Piazzolla em pessoa.

Nascido em Mar del Plata, na Argentina, Piazzolla estava de visita a Montevidéu. Havia passado o ano anterior – 1954 – na França, estudando com Nadia Boulanger, legendária compositora e educadora musical do Conservatório de Paris. Agora, voltaria à Argentina com intentos ousados de renovar o tango, sacudindo-o em suas bases. O bandeonista já vinha com o plano sedimentado: tirar o gênero de sua mesmice harmônica e rítmica. Para isso, apostaria em uma linha mais virtuosística, que praticamente faria o tango tomar emprestados elementos da música clássica e do jazz.

Por isso, quando se encontraram, Waltel e Piazzolla não falaram de tango (o brasileiro, aliás, deu graças a Deus, já que não aguentava mais a monotonia daquele ritmo), mas, principalmente, de jazz e de música erudita. O argentino sempre falava cheio de razão e com o cenho franzido, como se estivesse irritado ou com certo ar de fastio.

Quando pediu para que o violonista tocasse algo, Astor quis ouvir algo diferente, que estivesse em voga no Brasil. Waltel arriscou algo ao estilo Dick Farney, rico harmonicamente e com uma batida mais suave. Explicou que aquele tipo de música se cantava quase sussurrado, à la Bing Crosby. No Brasil, dizia-se que isso era “moderno”.

Quando se encontraram, Waltel e Piazzolla não falaram de tango (o brasileiro deu graças a Deus) mas principalmente de jazz e de música erudita

Por fim, o brasileiro achou graça do jeito estourado de Piazzolla, que implicava com tudo – do jeito como Gentille gesticulava à demora do garçom. Era como se o argentino estivesse sempre putíssimo, prestes a explodir. Por causa disso, assim, de cara, Waltel apelidou Piazzolla de Alemão. O fez forma declarada, fazendo troça em seu melhor portunhol. “Usted se parece con un alemão. Esquentadito!”. Piazzolla riu, mas tascou uns palavrões que Waltel não entendeu. Quem gostou da alcunha foi Gentille, que passou a usá-la para se referir ao bandeonista (mas sempre pelas costas, afinal não seria louco de provocar o Alemão à toa).

Os músicos levam um golpe

Dez dias depois do fim do carnaval, não só Waltel, mas todos os Copacabana Serenaders andavam apreensivos. As prometidas apresentações extras em Montevidéu e a curta temporada em Punta del Este prometidas por Gomez ainda não haviam se concretizado. O empresário porto-riquenho minimizava a demora e dizia que faltavam apenas alguns detalhes: a nova série de espetáculos já era coisa certa, dizia.

Para ganhar tempo, o agenciador falastrão foi a Buenos Aires, onde tentaria vender uma nova turnê de Lia Ray e seu conjunto. Quando os músicos cobravam o cachê dos espetáculos feitos ao longo do carnaval, Gomez desconversava. Dizia que, conforme o combinado, receberiam tudo ao fim da temporada no Uruguai e apresentava notas, demonstrando que estava tudo anotado, contabilizado e que seriam pagos, peso por peso, até os centavos. Era nítido, contudo, que algo não cheirava bem. Até o dinheiro que recebiam como ajuda de custo havia escasseado.

O caldo entornou de vez em uma segunda-feira, quando, depois de caminhar pelas ramblas com Gentille, Waltel retornou ao hotel. Ríspido, o recepcionista informou que as diárias não eram pagas por Gomez havia 15 dias e que, conforme o regulamento, eles estavam impedidos de entrar nos quartos e, pior, suas malas haviam sido confiscadas até que a dívida fosse paga.

A essa altura, os Copacabana Serenaders desconfiavam que Gomez sequer estivesse mesmo em Buenos Aires, tentando agenciar novos shows. O mais provável era que tivesse fugido e que os músicos tivessem sido vítimas de um golpe, que tentavam assimilar. Lya Ray ainda estava em Montevidéu, mas Waltel não a viu novamente naquela temporada. Dizia-se que ela também havia sido vítima do noivo.

O violonista foi acolhido por Gentille. Além de ceder o sofá da sala para que Waltel passasse a noite, o músico uruguaio articulou um plano para resgatar os pertences do amigo. Aproveitando-se de seu trânsito e da sua amizade com funcionários do Casino, Gentille em pessoa conseguiu as chaves do anexo em que ficavam as malas confiscadas. Apesar de estarem etiquetadas, foi difícil localizá-las naquele cubículo apertado. Com as duas malas de Waltel em mãos, o guitarrista de Piazzolla seguiu até uma janela, por onde as atirou ao brasileiro, que esperava do lado de fora para pegá-las e bater em retirada. O plano só não foi perfeito, porque o violão de Waltel – um Di Giorgio – ficou para trás.

O mais provável era que tivesse fugido e que os músicos tivessem sido vítimas de um golpe, que tentavam assimilar.

Naquela noite, o violonista – com um instrumento emprestado – fez apresentações curtas nos intervalos das atrações fixas do Fun-Fun, a fim de juntar dinheiro para retornar a Curitiba. No fim das contas, Gentille e os outros músicos, acabaram completando o valor da passagem e já no dia seguinte o brasileiro pôde embarcar na longa e cansativa viagem de volta.

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