Marco Cesar Xavier é o primeiro trompetista da Orquestra Sinfônica do Paraná e um dos músicos mais respeitados do Paraná.
O talento foi lapidado ainda na infância, em Tatuí, no interior de São Paulo. Aos 7 anos, por incentivo de um tio que tocava violão clássico, começou a tocar flauta doce e ingressou no importante Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos.
Lá, descobriu estilos musicais diferentes e, um dia, conheceu o trompete. O encontro do aspirante a músico com o instrumento determinou o seu destino dali para frente.
Xavier foi aluno de professores como Edgar Batista dos Santos, Sétimo Paiolleti e Reinaldo Gianelli, todos referências entre trompetistas.
O bom desempenho garantiu a Xavier uma bolsa no próprio conservatório onde chegou a lecionar até 1985, quando se mudou para Curitiba.
Telegrama
O governo do Paraná lançou um edital de concurso para músicos em 1985. Os aprovados integrariam a primeira formação da Orquestra Sinfônica do Paraná, criada oficialmente em 28 de maio daquele ano.
Foram disparadas correspondências para diversas escolas de música do Brasil, com o intuito de atrair interessados. Uma dessas cartas foi parar justamente no conservatório de Tatuí.
Incentivado por um professor, Marco de inscreveu e fez o processo seletivo. Dias depois, recebeu um telegrama: tinha sido aprovado.
Nesse ínterim, negou o convite para trabalhar em período integral na banda que se apresentava no programa Silvio Santos, no SBT, onde tocava como freelancer.
Aos 20 anos, deixou a avó entristecida porque decidiu partir rumo à Curitiba, onde ficou hospedado no hotel Blumenau, no bairro do São Francisco, até conhecer a mulher que se tornaria sua esposa e se mudar para o Bairro Alto.
Embap
Entre 1987 e 1990, embora já se destacasse na orquestra, Marco se graduou em Instrumento na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), onde atua como professor até hoje.
Mulheres e negros
A composição da Orquestra Sinfônica do Paraná, desde a primeira turma, é diversa, embora desigual. Hoje, ela tem 76 músicos e, desses, apenas 9 são mulheres. Do total, 11 são negros. Marco Cesar Xavier é um deles, mas essa nunca foi uma questão para ele ou para a orquestra. Diz que todos estão ali pela música.
O processo de seleção de artistas para integrar a Orquestra tem audições às cegas – não com cadeiras giratórias como no “The Voice”. Mas os jurados técnicos não podem ver as pessoas durante as apresentações para que a análise seja estritamente pela qualidade sonora.
Qualidade que ecoou num Teatro Guaíra vazio, na manhã de segunda-feira em que conversou com o Plural. Xavier chegou carregando dois trompetes (ele tem oito no total).
Cumprimentou o vigia e procurou uma sala vazia para conceder a entrevista. Depois decidiu mostrar o palco e logo começou um solo para as fotos.
Sonoridade
O som chama atenção dos outros funcionários do Guaíra, que do andar superior do auditório tiram um instante para apreciar o momento. Sem nenhuma dificuldade, Xavier deixa o som fluir como se ele e o trompete fossem uma coisa só.
Trompetistas famosos têm influência sobre o trabalho de Xavier, como Wynton Marsalis, o diretor artístico do Jazz at the Lincoln Center e o líder da orquestra que leva o mesmo nome. Por sua vez, Xavier também é uma influência para outros músicos.
O professor
Xavier é professor na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). Aos alunos, além de técnica, também proporciona inspiração e usa maneiras inovadoras de ensinar.
Um dos estudantes formados por Xavier foi o também trompetista Alisson Ricardo Medeiros, de 33 anos, que hoje vive na Alemanha e é músico na Mannheimer Philharmoniker.
Medeiros fez seu bacharelado em Curitiba e atuou no mesmo naipe (nome dado aos grupos de instrumentistas que compõem uma orquestra) do professor, que foi fundamental para que ele fosse aceito para fazer o mestrado na Alemanha. “Tive a oportunidade de estar no mesmo naipe em concertos com a Sinfônica do Paraná e ele sempre foi surpreendentemente no controle do instrumento”, diz Medeiros. “O Marco durante as aulas sempre foi muito detalhista e isso me impulsionava muito.”
O trompetista Enrique Batista Felix da Silva, de 24 anos, concluiu o bacharelado em música na Embap em 2018. Foram sete anos estudante trompete sob a tutela do professor Marco Cesar Xavier.
“Desde sempre ele me incentivou e me motivou a buscar uma especialização na área da música e contribuiu muito para o desenvolvimento da minha carreira”, diz Felix da Silva. “Tenho uma grande admiração por ele, seja como músico, seja como pessoa. E o considero como uma grande referência para a área do trompete e da música no nosso país.”
Mesmo depois de tanto trabalho, Xavier não cogita parar. “Eu não vou parar com a música. Não penso em aposentadoria agora”, diz. Sorte da música.
GRANDE músico !! GRANDE professor !! GRANDE amigo , saudade !! GRANDE abraço !!
Parabéns Marcos, sucesso sempre e muito merecido.
Músico ímpar da OSP. Merece esse perfil dedicado a sua carreira. Grande músico, grande colega, uma pessoa extraordinária. Bravo!!
Q DEUS CONTINUE TE ABENÇOANDO ,E Q VC LEVE CADA VEZ MAIS O SEU CONHECIMENTO PARA TODOS.
SUCESSO SEMPRE.
ASS ?
Grande Marcos! A trinta anos admiro seu som e ideias musicais! Brava carreira!
Parabéns meu querido tio esse
Sucesso eu também não vou parar com a música nao penso em parar de tocar teclado nois dois seremos dupla Matheus xavier & marco Cézar agora diz sorte da música eu no teclado e vc no trompete
Teclado & Trompete
É o tio no trompete sobrinho no teclado
Parabéns Marcão sucesso sempre
Querido primo Março Xavier me orgulho …você é mais um destak na nossa Família hoje composta de 45 músicos.. entre eles alguns graduados como você bjosss saudades prima Lucia