Contra os males da ignorância e das notícias falsificadas

Você tem até domingo, dia 13 de setembro, para assinar o Plural e ganhar “O mez da grippe”, na nova edição da Arte e Letra

Este texto é para avisar que a campanha “O mez da grippe”, do Plural com a Arte e Letra, termina no próximo domingo (13).

São os últimos dias para assinar o Plural por seis meses, a R$ 15 por mês (R$ 90, no total), e receber em casa, de graça, um exemplar do livro “O mez da grippe”, de Valêncio Xavier.

Quem já é assinante, pode optar pela assinatura semestral e também ganhar um exemplar de um dos livros mais cultuados da literatura brasileira.

A edição

“O mez da grippe” é impresso em risografia e tem encadernação manual, com costura e acabamento em capa dura feitos à mão. Todos são numerados.

Para a nova edição, recém-lançada, a Arte e Letra seguiu o design gráfico da versão original de 1981, exatamente como imaginada por Valêncio Xavier (1933-2008).

“O mez da grippe” havia se tornado uma raridade porque estava fora de catálogo há quase 20 anos (a edição anterior, de 1998, tinha saído pela Companhia das Letras).

A história

Uma obra diferente de tudo que se pode imaginar quando se ouve a palavra “livro”, “O mez da grippe” narra o impacto da gripe espanhola em Curitiba nos meses finais de 1918 por meio de recortes de jornais e revistas, documentos da época e textos do próprio autor.

É quase como ver um filme impresso. O que faz sentido, já que Valêncio era mais um homem do cinema do que da literatura – foi o fundador da Cinemateca de Curitiba –, mas que por causa disso acabou criando uma literatura cinematográfica.

A importância

Na quarta capa, um texto da escritora Luci Collin diz que Valêncio “depura e atualiza o nouveau roman”, o movimento surgido na França que questionava as convenções literárias do romance.

Porém, diferente de alguns escritores adeptos do movimento, Valêncio estava sim interessado em contar uma história. Ainda que ela fosse narrada de forma fragmentada e pouco convencional.

Os paralelos

“O mez da grippe” parece ter um impacto ainda maior no ano do coronavírus. Porque é possível reconhecer, no drama de cem anos atrás, elementos da pandemia de 2020.

O livro, que abre com uma folhinha de calendário marcando “ottubro” de 1918, fala sobre o acúmulo de mortos, o medo que paralisava as pessoas e os remédios que prometiam resultados maravilhosos.

Ele acompanha a evolução da “hespanhola” no contexto da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). E é estranho, mas também divertido ter contato com a língua portuguesa usada na época – já no título que usa “O mez da grippe” em vez de “O mês da gripe”. Naqueles tempos, era como se cada um escrevesse de um jeito.

Embates políticos, luto, sexo e religião aparecem em meio à narrativa. O que é impressionante, pois o volume tem apenas 80 páginas.

O jogo

Valêncio propõe um jogo. Se em um livro tradicional o leitor já é provocado a imaginar situações e pessoas, a preencher lacunas e a interpretar tudo que está na página, “O mez da grippe” exagera nessas provocações.

Ao entrar no jogo com Valêncio, você vive um pouco em 1918 e, depois de largar o livro, volta para 2020 surpreso pela forma como os seres humanos parecem desejar as mesmas coisas, ter os mesmos medos e errar da mesma forma. Não importa a época.

A campanha

A ideia da campanha “O mez da grippe” é unir dois negócios curitibanos e independentes, e oferecer aos leitores um combinado de notícias e literatura de qualidade.

Da parte dos leitores, é uma chance de investir numa editora e num jornal que atuam em Curitiba, em meio às dificuldades da pandemia.

Se você puder, assine.

Sobre o/a autor/a

4 comentários em “Contra os males da ignorância e das notícias falsificadas”

  1. Marcelo Amorim dos Santos

    Ótima campanha! Mas acho que tive um problema. Acabei de preencher o formulário de assinatura semestral, com débito automático no meu cartão de crédito. Inclusive, já recebi no meu email a confirmação do débito via Mercado Pago. Porém, em nenhum momento foi pedido meu endereço para envio do livro O Mez da Grippe.

    1. Rosiane Correia de Freitas

      Oi Marcelo, nossa equipe entra em contato com os assinantes por email para pedir os dados de envio. Como é fim de semana, você deve receber um contato na segunda-feira. Tudo bem?

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