Depois de dois anos de capítulos publicados no formato de folhetim, o escritor Caetano Galindo completa no Plural a publicação de seu primeiro romance. “Lia”, que conta a história de uma mulher em episódios fragmentados, conta com cem capítulos que vêm saindo no jornal desde a semana de estreia do Plural, em janeiro de 2019.
Segundo o autor, “romances podem ser como filmes. Este é como um álbum de fotografias. Como fotos, os capítulos podem ser lido por si sós. Como álbum, o romance pode ser lido em qualquer ordem: o que lhe dá sentido (nos dois sentidos) é a vida que registra”.
O livro acompanha a história de Lucília Paula Kappelhoff, a Lia, mas não em ordem cronológica. A partir de determinado momento nem mesmo a numeração dos capítulos segue a ordem – os textos passam a ser numerados de maneira que parece aleatória.
Lia, durante os capítulos, convive com os pais, passa por um casamento, tem uma filha, mas principalmente vive os dilemas internos ligados aos episódios de sua vida. Curitibana, a personagem passeia pela cidade que o leitor vê em mutação, desde a época de seu nascimento até os dias atuais.
Caetano Galindo é escritor, tradutor e professor de Letras da Universidade Federal do Paraná. Como ficcionista, venceu o prêmio da Biblioteca Pública do Paraná com seu primeiro livro de contos, “Ensaio sobre o Entendimento Humano”. O segundo volume de contos, “Sobre os Canibais”, foi publicado pela Companhia das Letras.
Como tradutor, é responsável por versões para o português de várias obras de James Joyce (Ulysses, O Retrato do Artista Quando Jovem, Dublinenses), de David Foster Wallace (Graça Infinita), Thomas Pynchon (Vício Inerente), J.D. Salinger (obras completas) e uma coletânea da poesia de T.S. Eliot. Foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), pela Academia Brasileira de Letras e venceu o Prêmio Jabuti.