FIDÉ exibe documentários de primeira na Cinemateca e no Cine Passeio

Festival Internacional do Documentário, o FIDÉ, apresenta 39 filmes de oito países e abre com "Eneida", da curitibana Heloisa Passos

Depois de um intervalo, imposto pela pandemia, o FIDÉ – Festival Internacional do Documentário Estudantil volta às salas de cinema de Curitiba. As exibições serão de quarta a domingo (11 a 15 de maio) na Cinemateca de Curitiba e no Cine Passeio. A 6ª edição brasileira do festival tem início com “Eneida”, da diretora curitibana Heloisa Passos, apresentado pela primeira vez na cidade. Na programação também estão 39 documentários produzidos por estudantes de oito países diferentes.

Eduardo Baggio, curador do festival, explica que o objetivo é promover a difusão de documentários estudantis de qualidade, que não eram exibidos no Brasil antes da primeira edição do FIDÉ, em 2012. Com a volta do evento às salas de cinema, o que se espera é mais do que o reencontro com o ambiente de visualizações. “A nossa expectativa é também ligada ao intenso debate, tanto no sentido formal e organizado quanto nos corredores, na saída do cinema, nos cafés, é importante para a cinefilia que isso esteja de volta”, afirma Baggio.

Estudantis, mas de alta qualidade

É inegável, segundo ele, o valor de eventos como o FIDÉ e outros do circuito curitibano, por exemplo, o Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro que nasceu após o fim do Putz – Festival Universitário de Cinema e Vídeo de Curitiba. “É um ponto muito importante na formação de uma plateia crítica que entra em contato com filmes muito distintos, com várias características que representam culturas diferentes.” Contudo, existe uma barreira a ser quebrada. “Às vezes, com o termo ‘estudantil’ parece que são filmes precários, de pessoas que ainda não sabem fazer direito, e não é nada disso. São filmes muito bons, de altíssima qualidade, de pessoas já muito capacitadas”, diz Baggio.

A grande quantidade de inscritos é outro ponto determinante para a excelência da mostra, foram em torno de 200. Os 39 selecionados apresentam temas como questões identitárias e raciais, bem como do coletivo, do universo do trabalho e das artes. “A gente procura, inclusive na curadoria, pensar nessa variedade de abordagens, de temas e também de formas fílmicas”, diz. O curador e também cineasta ainda explica que são várias etapas, mas que a seleção final considera os aspectos formais, a qualidade técnica e, principalmente, o impacto do filme para as discussões que apresenta.

A programação

Além dos documentários selecionados e do filme de abertura, “Eneida”, a programação traz uma retrospectiva não estudantil, com três filmes feitos em Nova York com direção de Rita Moreira e Norma Bahia Pontes: “Lesbian Mothers”; de 1972; “She Has a Beard”, de 1975; e “Lesbianism Feminism”, de 1974. A exibição é seguida por um bate-papo com Moreira.

Também acontecem atividades como debates e oficinas. Entretanto, os encontros voltados à formação foram em datas anteriores. Entre os ministrantes estavam Elisandro Dalcin, diretor de fotografia; Demian Garcia, compositor e sound designer; João Menna Barreto, editor; e Heloísa Passos, diretora.

FIDÉ – Festival Internacional do Documentário Estudantil 2022

De 11 a 15 de maio (quarta a domingo). Entrada franca. Confira a programação completa do evento aqui.

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