Festival Olhar de Cinema apresenta filmes da Mostra Olhares Clássicos

Seleção homenageia cineastas falecidos recentemente, como Stanley Donen e Nelson Pereira dos Santos

A 8ª edição do Festival Olhar de Cinema, que neste ano acontece entre os dias 5 e 13 de junho, começou a divulgar filmes exibidos durante as diversas mostras do evento. A história do cinema como ponto principal é o foco da Mostra Olhares Clássicos. A seleção faz um panorama histórico, reencontrando ou conhecendo pela primeira vez a obra de alguns dos nomes mais relevantes do cinema. São filmes consagrados, não exibidos nos cinemas da capital paranaense há muito tempo, e títulos inéditos no Brasil, em obras restauradas menos conhecidas do grande público.

“Diferentes elementos contribuem para que um filme seja considerado um clássico”, diz Aaron Cutler, um dos programadores para longas-metragens do Olhar de Cinema.“Dois dos mais importantes são atualidade e urgência. Os filmes da seleção de Clássicos deste ano falam diretamente do seu período para o nosso, por meio de uma relevância envolvente”.

Os cinco primeiros filmes anunciados da Olhares Clássicos vão permitir ao público conhecer e rememorar o trabalho de alguns dos principais nomes do cinema mundial falecidos recentemente. Como o coreógrafo e cineasta Stanley Donen (1924-2019), com seu “Cantando na Chuva” (1952), co-dirigido por Gene Kelly. O filme é um dos musicais mais celebrados da Era de Ouro do cinema americano.

Um dos maiores nomes do cinema brasileiro também faz parte da seleção: Nelson Pereira dos Santos (1928-2018), com seu filme “Memórias do Cárcere” (1984), adaptação do clássico de Graciliano Ramos que atravessa gerações e segue servindo como um libelo pela liberdade artística e a resistência política em tempos de totalitarismo.

Menos reconhecidos pelo grande público, mas ainda fundamentais, estão dois cineastas que criaram seu próprios espaços de linguagem e marcaram o cinema, inspirando vários outros realizadores até os dias de hoje: o lituano Jonas Mekas (1922-2019), com o longa-metragem “Reminiscências de uma Viagem à Lituânia” (1972), e o inglês Nicolas Roeg (1928-2018), com “A Longa Caminhada” (1972).

Outra preocupação do Olhar de Cinema é  fazer com que nomes apagados da história do cinema encontrem o reconhecimento merecido. Como se sabe, o caso dos apagamentos de mulheres realizadoras é ainda mais evidente e, pensando nisso, a curadoria selecionou um programa com três filmes da cineasta francesa Germaine Dulac (1882-1942). Ao atravessar do cinema mudo ao sonoro, de maneira pioneira, a diretora foi uma figura-chave para a vanguarda francesa da década de 1920 e também uma das primeiras cineastas a assumir um posicionamento feminista tanto na vida quanto nos filmes. Os filmes que integram o programa são os curtas “Danses espagnoles” (1928), “Celles qui s’en Font” (1928) e o média-metragem “La Cigarette” (1919).

Novidade da edição deste ano é a utilização do recém-inaugurado Cine Passeio como espaço de exibição, além do Espaço Itaú de Cinema e do Cineplex Batel. Mais novidades sobre a programação do Festival Olhar de Cinema em breve, por aqui.

SERVIÇO

8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba
De 5 a 13 de junho
Veja mais aqui

1º Encontros de Cinema de Curitiba
De 9 a 11 de junho
A atividade paralela ao festival, voltada para o mercado.
Veja mais aqui

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