MON exibe projetos, protótipos e reproduções de Leonardo da Vinci

“Da Vinci experience e suas invenções”, em cartaz no Museu Oscar Niemeyer, aborda os muitos talentos do gênio renascentista que pintou a “Mona Lisa”

A exposição sobre Leonardo da Vinci no MON é uma experiência diferente daquelas que o público costuma ter num museu. Quando você visita uma exposição, espera passear por salas em que as obras estão expostas. É possível ver o quadro ou a escultura logo ali, a meio metro de distância, e sofrer um impacto que não seria possível de outra forma.

“Da Vinci experience e suas invenções”, em cartaz no Museu Oscar Niemeyer até o dia 8 de maio, não exibe originais de Da Vinci. A exposição é feita de reproduções, protótipos e projeções criadas para dar uma ideia do legado do gênio renascentista que, sim, pintou a “Mona Lisa” e “A última ceia”, mas era um homem com uma quantidade incrível de outros interesses.

Parte das traquitanas imaginadas por Da Vinci. (Foto: Tami Taketani/Plural)

Originais

Um parágrafo breve sobre os originais de Da Vinci (1452–1519). O seguro necessário para transportar uma obra dessas é caro, muito caro. Talvez isso explique por que exposições com originais de Da Vinci sejam limitadas a poucos museus privilegiados como o Louvre, em Paris. Sem mencionar as obras que não podem ser transportadas de maneira nenhuma, como “A última ceia”, pintada na parede da igreja Santa Maria delle Grazie, em Milão.

Daí uma exposição que procura dar ao visitante uma ideia da importância de Da Vinci nas artes e em outras áreas do conhecimento. Que permite experimentar um pouco de Da Vinci. O Plural participou de uma visita guiada na última quarta-feira (16).

Ela ocupa duas salas do MON. A primeira fala do trabalho de Da Vinci na arquitetura, na engenharia e na anatomia. A segunda reúne os códices e as pinturas. Você pode percorrer a mostra por conta própria, mas a visita guiada funciona muito bem nessa exposição e dura cerca de uma hora. E não é preciso pagar nada a mais por ela, basta adquirir o ingresso para o museu.

Visita termina numa “sala imersiva” com música clássica e projeções em todas as paredes do ambiente. (Foto: Tami Taketani/Plural)

Histórias

Mais do que as obras em si, o que há de mais curioso a se explorar aqui são as histórias que envolvem cada item em exibição. A visita guiada – ou “mediada”, como prefere a equipe treinada pelo museu – permite que você troque uma ideia com os estudantes de arte que passaram semanas sendo preparados para falar de Da Vinci.

Assim você fica sabendo, por exemplo, que Da Vinci fez o projeto de um tanque de guerra e que sabotou o próprio projeto porque era um pacifista. O protótipo do tanque está em exibição e é pouco menor que um sofá de dois lugares.

As ideias que Da Vinci colocou no papel, reunidas nos códices, falam sobre a anatomia do corpo humano e também sobre a dos cavalos. Falam sobre voar e pousar (de paraquedas, exibido logo no começo da mostra), sobre a construção de cidades e monumentos. Nas paredes, painéis enormes reproduzem a caligrafia de Da Vinci, que era canhoto e, famosamente, escrevia “ao contrário”. Embora usasse o italiano, ele o fazia da direita para a esquerda, e era preciso um espelho para decifrar os escritos.

Painéis mostram a caligrafia e os desenhos feitos por Da Vinci. (Foto: Tami Taketani/Plural)

Obras-primas

Na sala com as reproduções de pinturas, é possível ver obras inacabadas pouco conhecidas e também as obras-primas famosas. Um dos pontos altos aqui é a reprodução da “Última ceia”, com 8 metros x 4 metros. Só um pouquinho menor do que a original, que tem 8,8 metros x 4,6 metros.

A visita termina em uma “sala de imersão”: imagens de obras de Da Vinci são projetadas nas quatro paredes do ambiente, ao som de música clássica e com um par de bancos para quem quiser sentar ao longo da experiência.  

(*A reportagem agradece a gentileza e as informações dadas pelos mediadores Ana Carolina Renoud Rosa, Clodoaldo Barbosa Braga Neto, Dalton Gabriel Paes, Igor Oliveira Borges, Laisla Oliveira e Patricia Bertin.)

Exposição

“Da Vinci experience e suas invenções”. As visitas mediadas estão disponíveis no mesmo horário de funcionamento do museu: de terça a domingo, das 10h às 18h, e não é preciso pagar nada a mais por elas (basta adquirir o ingresso do museu). Outras informações, no site do Museu Oscar Niemeyer (MON), aqui.

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