Retratar Hebe Camargo (1929–2012), uma das personagens mais importantes da televisão brasileira. Essa é a proposta da cinebiografia “Hebe – A estrela do Brasil”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (26). O filme faz um pequeno recorte da longa carreira da apresentadora. Na tela, uma exuberante e bem-sucedida Hebe, de 1985.
Metida em seus trajes espetaculosos e joias imensas, Hebe Camargo (Andrea Beltrão) enfrenta os resquícios da censura – herança da ditadura militar – e coloca na coleira o marido ciumento e agressivo, o empresário Lélio Ravagnani. Em meio ao turbilhão da abertura política do país, a adorada – e provocativa – apresentadora peita políticos, recebe convidados icônicos e se mostra progressista ao colocar em frente às câmeras questões relacionadas à comunidade LGBTIQA+.
Com 122 minutos, a produção narra sua despedida da rede Bandeirantes, e a transição de seu programa para o SBT. A trama costura a vida pessoal e a profissional, passando pelas relações com amigos e familiares.
Na tentativa de dar um ar mais dramático às crises pessoais, o filme peca em cenas excessivamente longas, acompanhadas por uma trilha que busca ser comovente, mas que não se sustenta – e nem se justifica. Algumas cenas parecem soltas (como quando Hebe esquece que ela própria colocou um par de brincos em um vaso) porque não chegam a ser desenvolvidas.
Apesar dos pequenos equívocos, “Hebe” vale pela história que conta.
Serviço
“Hebe – A estrela do Brasil” estreia dia 26 de setembro. Classificação: 14 anos. O longa entra em cartaz nas salas do Cinemark Barigui e Mueller; Cinépolis Batel e Jockey Plaza Curitiba; Cinesystem Shopping Curitiba; e Espaço Itaú de Cinema.