Em algum lugar perto deste hotel
alguém desafina uma Aquarela Brasileira no saxofone.
Longe, a espinha das serras azuis.
Um avião decola de São José dos Pinhais
rumo a Londres ou Londrina,
cruza o céu cinza da cidade grande.
Velha araucária espremida
entre prédios espelhados.
Na TV, mais uma delação premiada.
Pessoas trabalhando ou nos celulares
em cada uma dessas janelas, abelhas.
Luzes se acendem, luzes se apagam.
A tarde cai fria e depressa.
Triste carne, triste Curitiba.
Poema perfeito para o dia de hoje, acho que saiu do forninho agorinha. Parabéns! Quem é de Curitiba conseguiu reproduzir em sons e imagens todos os versos…lindos, cinzas e entristecidos, mas a nossa cara!