Clube da Colagem de Curitiba apresenta exposição inédita após interrupção pela pandemia

No Museu da Gravura, colagistas mostram como a estética pode se expandir para outros suportes e linguagens

Depois um ano de exposições e museus fechados pela pandemia de Covid-19, o Clube da Colagem de Curitiba, grupo criado para fomentar e investigar a linguagem da colagem no campo das artes, deve apresentar sua produção coletiva na próxima semana, com abertura no dia 29, no Museu da Gravura, no Solar do Barão. O projeto é realizado com o apoio do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura, da prefeitura de Curitiba.

Formado em 2016, o Clube atualmente conta com três nomes já conhecidos na cena artística brasileira – Alan Amorim, Bomju Coelho e Mário de Alencar. Agora, a exposição “A Imagem Retroalimentada” une mais que a paixão em comum pela colagem em si, brinca também com outras formas estéticas que resgatam e ressignificam técnicas de impressão consideradas ultrapassadas, com a intenção de dialogar com o presente.

“O que nós fizemos foi criar um novo mundo de possibilidades para a colagem”, afirma Mário de Alencar. “A gente sempre buscou se aventurar no limite entre a colagem e outras linguagens artísticas. Faz parte de um conceito de colagem em campo expandido que desenvolvemos”, completa.

Os artistas, que têm em comum não só a colagem como procedimento estético, como também o conceito social e político em seus trabalhos, devem apresentar para o público uma exposição de curadoria também coletiva, num total de 28 obras. Apesar de terem tido seus processos criativos interrompidos por todas as novidades que o confinamento da pandemia trouxe à população, os três artistas tiveram que adaptar sua produção coletiva às novas formas de distanciamento social.

“Nós idealizamos um processo bem coletivo e de reuniões presenciais constantes, mas com a pandemia, mudamos nossa forma de trabalhar”, é o que afirma o artista Alan Amorim. “Nossas reuniões passaram a ser todas online e tivemos que enviar materiais, matrizes, carimbos e obras de um artista para o outro, para que o trabalho
continuasse a ser coletivo”.

Para a artista Bomju Coelho, as readaptações do grupo à situação de confinamento fez com que a exposição fosse alterada algumas vezes e isso deu ainda mais importância ao conceito de ressignificação que os artistas usam como técnica. “Essa exposição é o resultado de uma edição e reedição realizadas infinitas vezes, o que tem a ver com o conceito do trabalho de experimentar várias técnicas e significados de uma mesma obra”, afirma.

Para quem quer conferir de perto, “A imagem Retroalimentada” fica em exposição do dia 29 de julho a 26 de setembro, das 12h às 18h, com visitação livre e gratuita ao público, respeitando os protocolos de segurança firmados pela Prefeitura de Curitiba e Fundação Cultural de Curitiba, no Solar do Barão, na Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533, Centro.

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