“Cavaleiro da Lua”, nova série da Marvel, estreia no Disney+

Ator Oscar Isaac vive um super-herói atormentado numa série de seis episódios carregada de mitologia egípcia

Oscar Isaac estava cansado. Pois quando o ator recebeu uma proposta da Marvel para fazer uma série sobre o “Cavaleiro da Lua”, um personagem criado em 1975, seu instinto inicial foi recusar.

Ser um dos atores mais requisitados do mundo tem essa desvantagem: o cansaço. Ele tinha emendado anos da saga “Star Wars” com “Duna”. E depois, com o filme “The Card Counter”, dirigido por Paul Schrader. Além disso, estrelou uma refilmagem de “Cenas de um casamento”, ao lado de Jessica Chastain, para a HBO Max.

Oscar Isaac em cena de “Cavaleiro da Lua”. (Foto: Divulgação)

Cavaleiro da Lua?

“Não estava morrendo de vontade de fazer algo sobre um super-herói”, disse o ator de 43 anos, em entrevista ao Estadão Conteúdo, por videoconferência. “Fora que eu nunca tinha ouvido falar do Cavaleiro da Lua, não tinha nenhuma referência.”

Mas daí ele foi entender do que se tratava. E acabou aceitando fazer “Cavaleiro da Lua”, uma série em seis episódios que estreia nesta quarta-feira (30), no Disney+.

Assim, Isaac encarna Steven Grant, um pacato e atrapalhado balconista da loja de suvenires de um museu em Londres. À noite, ele sonha com lugares inexplorados e figuras assustadoras. De dia, vê-se conversando consigo mesmo – ou pelo menos com alguém que é idêntico a ele. Até descobrir que sofre de transtorno dissociativo de personalidade.

Avatar

O cara do espelho é Marc Spector, um mercenário morto aos pés da estátua de Khonshu, o deus da lua e da vingança. Khonshu se oferece para ressuscitá-lo, mas ele precisa de um avatar na Terra. E esse avatar, claro, terá superpoderes. Então o problema é Marc divide seu corpo com o pobre Steven.

“Para mim foi empolgante criar um personagem incomum que eu não tinha interpretado antes”, diz Isaac. “E ainda falar de um tema bastante interessante e emocionante, que é sobreviver ao abuso e ao trauma. E como a mente pode se fraturar, criando essas personalidades diferentes para lidar com isso.”

Irmão

Isaac pesquisou bastante sobre o transtorno dissociativo de personalidade. “É interessante porque as pessoas que sofrem disso costumam usar linguagem da fantasia, porque isso normalmente tem origem na infância”, explicou o ator. Para fazer os papéis em que contracena consigo mesmo, ele contou com a ajuda de seu irmão, Michael Hernandez. “Ele foi perfeito para contracenar e conversar comigo nos intervalos de cenas, era como se fosse outra parte de mim lá.”

Além de tudo, era uma chance de falar de divindades e mitologia egípcias, algo que não se vê sempre. Steven é fascinado por esses assuntos. Marc tem um relacionamento complicado com a arqueóloga egípcia Layla El-Faouly (May Calamawy).

Já o antagonista, Arthur Harrow (vivido pelo ator Ethan Hawke), é seguidor da deusa Ammit, pregando que é melhor cortar o mal pela raiz, ou seja, livrar-se do mal antes de ele proliferar.

Deserto de Wadi Rum

O diretor Mohamed Diab, responsável por quatro episódios dos seis que compõem a série, fez questão de que a cultura fosse representada de maneira correta. (Os outros dois episódios são comandados por Justin Benson e Aaron Moorhead.)

Porém, a série foi rodada em Budapeste, passando por Londres e pela Jordânia. Em vez de usar o Egito. Curiosamente, “Cavaleiro da Lua” levou Oscar Isaac de volta ao Deserto de Wadi Rum, onde ele tinha rodado “Duna” e “Star Wars”.

Gaspard Ulliel

Por fim, uma notícia triste acabou chamando atenção para o “Cavaleiro da Lua” em janeiro passado: uma tragédia envolvendo um dos atores da série. O ator Gaspard Ulliel morreu em um acidente de esqui, na França, aos 37 anos. Na série, ele interpreta um personagem coadjuvante, chamado Anton Mogart.

Onde assistir

“Cavaleiro da Lua” estreia no Disney+ nesta quarta-feira (30).

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima