Bienal de Arte rompe fronteiras

Evento começa em 21 de setembro e vai até março de 2020; MON será a principal sede da Bienal

Em sua 14ª Edição, a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba ocupa as ruas da capital paranaense, e seus mais conhecidos espaços culturais. Com início em 21 de setembro, o evento se estende até primeiro de março de 2020 – ao todo serão 223 artistas, de 22 nacionalidades, distribuídos por 41 locais da cidade.

Com a temática “Fronteiras em Aberto”, a proposta é reunir artistas russos, indianos, chineses e sul africanos, além de brasileiros, em uma grande celebração do rompimento das fronteiras artística, geográficas, políticas e – claro – simbólicas. Com foco nos países BRICs, essa é a primeira mostra de arte contemporânea, na história brasileira, a elencar tais nacionalidades. Assinada por Adolfo Montejo Navas, espanhol radicado no Brasil, por Tereza de Arruda, brasileira residente em Berlim, a curadoria da Bienal 2019 quer propor novos diálogos a partir da relação entre sujeito e espaço.

Para Juliana Vosnika, diretora-presidente do MON, a temática conversa diretamente com a última grande exposição do museu, de Ai Weiwei. Parceiro da Bienal, o MON tornou-se um dos principais palcos expositivos do evento há cerca de cinco anos, e em 2019 não será diferente. Com obras espalhadas por cinco salas, além do espaço da Torre, do Olho e do Espaço Araucária, aproximadamente 100 artistas terão seus trabalhos exibidos no museu. “Nesse ano a participação vai ser dos artistas BRICs, que acaba colocando um diálogo importante com o novo perfil do acervo do MON, que agora conta com uma coleção de obras de arte asiática e também em negociação com obras de arte africana”, conta Vosnika.

A sintonia, entre Bienal e MON, acontece – em especial – pelo Marco Referencial do Museu, que embora oriente a ênfase na arte paranaense e brasileira, expande sua perspectiva para a formação de um acervo que contemple também arte africana contemporânea, latino-americana e asiática.

O propósito, voltado à arte, também é outro laço que une ambos, de acordo com a diretora: “Nós sabemos que a cultura e a arte podem mudar o futuro das pessoas, e a Bienal comunga desse sentido, de sensibilização, de fidelização também… Acreditamos nessa transformação social por meio da arte e da cultura”, comenta.

Além dos artistas do BRICs, também estarão expostas obras brasileiras e paranaenses, além de uma sala dedicada às discussões estéticas e etimológicas do feminismo e a arte contemporânea. Com curadoria da argentina Gabriela Urtiaga, a mostra de mulheres reunirá artistas como Catalina Leòn, Diana Aisenber, entre outras.

A expectativa é que 1300 espaços, entre Curitiba, Florianópolis, Brasília, e também em outros países, como Argentina, Paraguai, Uruguai, França, Suíça e Rússia, recebam mostras de arte contemporânea. A solenidade de abertura da 14ª edição acontece neste sábado, 21 de setembro, às 17h, no próprio MON.

Serviço
14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba
Quando: de 21 de setembro a 1 de março de 2020
Onde: Confira a programação completa no site da Bienal de Curitiba

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