Empresárias que se conheceram no Rock Camp comandam restaurante que só emprega mulheres

A baiana Renata Vidal e a curitibana Juliane Krainski servem comida caseira na Mandarina, em Curitiba

Uma amizade que nasceu por acaso no Rock Camp virou uma parceria e um projeto de vida para a baiana Renata Vidal, 48, e a curitibana Juliane Krainski, 32, sócias do Mandarina, restaurante especializado em comida caseira que funciona nas Mercês, em Curitiba, e que em janeiro completou um ano.

“Comida e afeto” é o subtítulo da casa que, como explica Renata, foca na “caseirice”. “A gente entende que afetamos outras pessoas por meio da nossa comida e nosso jeito de ser, que é de acolhimento. A gente se descobriu acolhedoras no Rock Camp”, conta a empresária.

Realizado anualmente apenas por mulheres voluntárias, o evento aborda o desenvolvimento da autoestima, liberdade de expressão e feminismo, usando a música como pano de fundo.

Só elas: equipe do Mandarina é 100% feminina e negócio fomenta o empoderamento das mulheres. Foto: Divulgação.

Antes da pandemia, Renata, que é cozinheira de formação, comercializava uma linha de comidas caseiras e dava aulas de gastronomia, enquanto Juliane trabalhava com comunicação empresarial. A virada para as duas se deu em 2018, quando Renata assumiu a cozinha do Rock Camp Curitiba.

Empanada da casa. Foto: Divulgação.

Após se darem bem “logo de cara”, como conta Renata, surgiu a ideia de abrir um restaurante que, aos poucos, foi além da culinária e enveredou para um negócio que fomentasse o empoderamento feminino. Atualmente, apenas mulheres integram a equipe e o restaurante estreita, sempre que possível, parceiras com outros negócios femininos como a Cuppa Café, cafeteria curitibana também comandada por mulheres, que fornece os cafés da casa.

“[Empregar mulheres] passou a ser um caminho natural de acolhimento e se tornou mais confortável para a gente. A nossa filosofia hoje é dar oportunidade para outras mulheres através da cozinha e do atendimento ao público”, afirma Renata.

Tosta com berinjela, abobrinha, cogumelos e pesto de manjericão. Foto: Andrea Torrente/Plural.

Após criarem a marca Mandarina, inspirada no título do livro Os Mandarins, da escritora francesa Simone de Beauvoir, uma das principais intelectuais feministas, o ponto escolhido para a casa foi um belo imóvel na Rua Martim Afonso, de frente para a Praça 29 de Março. Bem iluminado, graças a janelões que deixam entrar a luz natural, o ambiente é colorido e delicadamente decorado.

O cardápio se equilibra entre opções com carnes, vegetarianas e veganas, e conta com pratos, petiscos e lanches. Ali é possível almoçar, tomar café da manhã ou simplesmente um salgado, como empanadas de vários sabores (R$ 10 a unidade).

Bolinhos de feijoada assados com vinagrete. Foto: Andrea Torrente/Plural.

O grande diferencial é o almoço servido o dia inteiro. Entre as opções estão o PF (R$ 28), nas versões com carne e vegana, e as massas com molho à escolha do cliente (R$ 36).

Alguns dos carros-chefes são o sanduíche de carne de panela e queijo, servido no pão baguete (R$ 28), e o hambúrguer de lentilha, servido no pão macio, com creme de castanhas e cebola caramelizada (R$ 18). Os pães, de fermentação natural, são fornecidos pela padaria Miolo de Pão, já os cookies são da Panis.

Dadinho de tapioca com geleia de goiaba. Foto: Andrea Torrente/Plural.

Aos sábados e domingos é servido o brunch com entrada, prato principal e sobremesa por R$ 36. As opções mudam conforme sazonalidade dos ingredientes e criatividade das cozinheiras.

No dia em que a reportagem visitou a casa foi servida uma porção de bolinhos de feijoada, de entrada; um prato principal à escolha entre tosta de berinjela, abobrinha, cogumelos e pesto de manjericão, ou quiche; de sobremesa, dadinhos de tapioca com geleia de goiaba. Com um adicional de R$ 10 é possível harmonizar a refeição com caipirinha ou vinho tinto ou branco.

Restaurante fica de frente para a Praça 29 de Março, nas Mercês. Foto: Andrea Torrente/Plural.

A casa aceita também encomendas de lasanhas congeladas, nas versões bolonhesa e de cogumelos (R$ 24, a travessa de 400 g), e vende uma linha de produtos para levar para casa como geleias, pesto vegano, pimentões assados e outros antepastos.

Para beber tem drinks clássicos e autorais, a partir de R$ 18, vinhos em taça (R$ 16), uma restrita seleção de garrafas de vinhos (a partir de R$ 58), além de cervejas de garrafa e artesanais.

Todo sábado tem música ao vivo, sempre com bandas femininas. Neste sábado (12) o Mandasom, como são chamados os eventos musicais, fica por conta da Pagud’Elus, a partir das 16h, com oferta livre na entrada.

Cores vibrantes marcam a decoração da casa. Foto: Andrea Torrente/Plural.

Serviço

Praça 29 de Março, Mercês, Curitiba. De terça a sexta das 11h às 18h30; sábado das 10h às 18h30; domingo das 10h às 18h. Instagram: @mandarinacomidaeafeto

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10 comentários em “Empresárias que se conheceram no Rock Camp comandam restaurante que só emprega mulheres”

  1. E se todas ficassem grávidas ao mesmo tempo!?rsrs.. É óbvio que seria praticamente impossível acontecer isso, mas na empresa que eu trabalho duas ficaram gestantes exatamente juntas e como é microempresa causou um pequeno transtorno. Foi contratado dois homens para as vagas.

    1. Rosiane Correia de Freitas

      Márcio, e se todo mundo sofre um acidente? Ou pega Covid? Melhoria seria substituir todo mundo por robôs, que tal? (Contém ironia)

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