Festa julina com comida árabe é neste fim de semana na igreja ortodoxa das Mercês

Evento terá esfihas, shawarma, quibe e outras iguarias típicas sírio-libanesas

No próximo fim de semana, dias 2 e 3 de julho, a Igreja Ortodoxa Antioquina de São Jorge, nas Mercês, em Curitiba, promove mais uma edição da sua tradicional festa julina, após dois anos de suspensão por causa da pandemia.

O cardápio conta com especialidades árabes como quibe assado e frito, shawarma de frango, porção de falafel (bolinho de grão de bico), sanduíche de falafel, esfihas de carne, espetinhos de carne e doces tradicionais como atayef (panqueca recheada com nata), namura (bolinho de manteiga e semolina) e os biscoitos mamoul e ghraybe. Terá também quentão, pinhão, um bolo de Santo Antônio de 60 kg e bebidas.

A comida começa a ser servida às 12h, nos dois dias. Os preços serão incluídos no texto assim que forem divulgados.

Quibe assado e frito são apenas duas das comidas servidas no evento. Foto: Divulgação.

A comunidade da Igreja é formada por árabes de vários países, sendo a maioria de origem síria e libanesa, mas também há jordanianos, palestinos e pessoas com as mais diversas ascendências. Os preparativos para a festa envolveram mais de 100 pessoas na última semana.

A organização espera receber mais de 10 mil pessoas nos dois dias de festa. Para satisfazer a fome do público são utilizados mais de 200 kg de trigo para quibe, 400 kg de carne e outros 300 kg de frango. “Vamos usar muitos temperos árabes para fazer todas essas comidas. Só para o shawarma de frango são usados mais de vinte temperos”, explica o padre Saaman Nasri.

Antes da abertura da festa no domingo, às 10h30, o padre vai ministrar uma missa especial em português para explicar a história da arquitetura da igreja. Parte da liturgia será realizada em árabe. A construção é uma das principais representações da arquitetura bizantina em Curitiba. Em 1954, foi construída uma casa de madeira para receber as missas, logo após o terreno ser adquirido pela comunidade. Ainda naquele ano, começou a construção da igreja atual, que seria concluída apenas seis anos depois.

Mais de 100 pessoas da comunidades estão envolvidas nos preparativos da festa. Foto: Divulgação.

O padre Saaman Nasri chegou ao Brasil em 2013, com sua esposa e dois filhos, após a guerra na Síria chegar a sua cidade, na região de Tabqa. De acordo com ele, a igreja onde estava em Tabqa foi a primeira destruída pelo Estado Islâmico.

De lá, ele passou por outras cidades sírias e libanesas para chegar a São Paulo. Pouco tempo depois de sua chegada ao Brasil, Nasri foi designado pelo arcebispo ortodoxo a assumir a Igreja Ortodoxa de São Jorge onde está até hoje.

“Hoje estamos todos bem aqui e adaptados à nova rotina, com amigos e família por perto. A festa é uma forma de mostrar para todos que a convivência em paz é fundamental e pode ser alcançada, como todo ano fazemos aqui”, afirmou Nasri.

Serviço

Igreja Ortodoxa Antioquina São Jorge, Rua Brigadeiro Franco, 375, Mercês, Curitiba. Sábado (2) e domingo (3), a partir das 12h.

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