A Adega de Sake, no Água Verde, promove a partir desta terça-feira (20), e até dia 30 de abril, uma promoção de 40 saquês importados. O desconto médio é de 25%. Os rótulos vão desde saquês de entrada a opções premium.
As bebidas são fabricadas em Hyogo, no Sul do Japão, maior província produtora do país. A região tem fama mundial pelo terroir (condições de solo e clima), pela qualidade do arroz e pelas técnicas de fabricação.
O resultado é uma bebida que se destaca pela qualidade. Para fazer uma comparação com o mundo dos vinhos, é como se Hyogo fosse a Champagne dos saquês.
Entre os rótulos na promoção estão Hakushika Junmai (720 ml) por R$109; um kit com três saquê de 300 ml a partir de R$ 129; e um kit de três garrafas de 720 ml da categoria Junmai por R$ 299.
A ação foi batizada de Hyogo Sake Week e é realizada em parceria com o governo de Hyogo no Brasil. O Plural pôde experimentar quatro rótulos numa degustação virtual conduzida pelo sommelier de saquê e dono da Adega de Sake, Daniel Honda, na segunda-feira (19).
A degustação contou com Hakushika Josen, um saquê da categoria Honjozo (veja as categorias no final do texto), ideal para acompanhar pratos salgados e frituras; Hakushika Junmai Ginjo, bebida da categoria Junmai Ginjo, com bastante dulçor e frutado na boca.
Completaram o time o Hakutsuru Sayuri, um saquê suave, mas com bastante acidez, que combina bem com chocolate e fritura de peixe; e Ozeki Hana Awaka, uma bebida frisante, frutada e floral com apenas 7% de teor alcoólico, que lembra um espumante.
“São saquês muito diferentes dos nacionais feitos com outros métodos de produção, outros tipo de arroz e outras categorias. É uma oportunidade para o público provar bebidas pouco conhecidas”, explica Honda.
A loja tem cerca de 100 rótulos produzidos apenas em três países: Japão, Brasil e Estados Unidos, que é um dos maiores países consumidores de saquê. Como ocorre com outras bebidas importadas, distância, impostos e dólar alto incidem no preço no Brasil.
O que é o saquê
É muito comum ouvir que o saquê é a cachaça dos japoneses. Na verdade, a bebida não é um destilado, mas um fermentado de arroz que se assemelha muito mais ao vinho, seja pelo método de produção e o teor alcoólico.
Uma diferença importante, porém, é que o saquê passa por processo de pasteurização. Por isso, pode ser conservado aberto na geladeira por muito mais tempo que o vinho.
Diferente do saquê brasileiro, a bebida japonesa é fabricada a partir de uma variedade de arroz específica chamada de Yamada Nishiki. A região de Hyogo se destaca ainda pela qualidade da água, com pouco ferro e manganês, dois elementos que impedem a proliferação das leveduras durante a fermentação.
O saquê demora de quatro a seis meses para ficar pronto. Existem ainda saquês com adição de álcool, cujo processo de fabricação leva de dois a três meses. A adição de álcool não serve para aumentar o teor alcoólico da bebida, mas para acelerar a produção. Este tipo de saquê geralmente tem uma qualidade inferior, mas um preço mais acessível.
Saquês especiais passam ainda por processo de maturação e envelhecimento que podem durar até 15 anos. Essa etapa geralmente é feita em barricas de cedro ou na própria garrafa.
Categorias de saquê
O saquê é dividido em seis categorias com base em dois fatores: adição ou não de álcool e grau de polimento do arroz. Quanto maior a porcentagem de polimento, superior é a qualidade da bebida.
- Junmai: esse saquê não tem adição de álcool e tem polimento mínimo do arroz de 70%.
- Junmai Ginjo: sem adição de álcool e polimento mínimo de 60%.
- unmai Daiginjo: sem adição de álcool e polimento mínimo de 50%.
- Honjozo: adição de álcool e polimento mínimo de 70%.
- Ginjo: adição de álcool e polimento mínimo de 60%.
- Daiginjo: adição de álcool e polimento mínimo de 50%.
Serviço
Av. Silva Jardim 2042, Água Verde, Curitiba – (41) 3527-3582. Segunda a sexta das 10 às 20h; sábado das 10 às 18h. A loja faz entrega em todo o Brasil. www.sakecuritiba.com.br