À margem de leilão, aeroporto de Maringá avança em obras por conta própria

Cidade recebeu R$ 81,5 milhões de recursos federais para ampliar pista, pátio e faixas de taxiamento

Enquanto os aeroportos Afonso Pena, Bacacheri, Foz do Iguaçu e Londrina foram arrematados pelo Grupo CCR em leilão realizado no último dia 7 de abril e deixarão de ser administrados pela Infraero pelos próximos 30 anos, o aeroporto de Maringá avança, por conta, de maneira significativa na melhoria de sua infraestrutura.

Longe dos holofotes nos últimos meses por não fazer parte do grupo de terminais concessionados, e também pela redução de voos devido à pandemia, o equipamento maringaense não parou. Pelo contrário. Virou um canteiro de obras.

São três as principais intervenções: ampliação da pista de 2.100 metros para 2.380 metros de comprimento e instalação de novo sistema de luzes de aproximação; ampliação do pátio de sete para nove posições de aviões comerciais; além da implantação e reforma de pistas de taxiamento.

As obras começaram em 2019 e estão na fase final — segundo a prefeitura, 84,88% das intervenções já foram concluídas. O custo é de R$ 81,5 milhões, bancado com recursos federais, oriundos da Secretaria Nacional de Aviação Civil. Vale lembrar que o aeroporto é administrado pela Terminais Aéreos de Maringá – SBMG S/A, empresa de sociedade mista, na qual a prefeitura é a única acionária.

Essas mudanças não devem ser sentidas diretamente pelos passageiros, mas podem impactar a rotina deles, especialmente porque junto à ampliação da pista está sendo instalado o ILS (Sistema de Pouso por Instrumentos), que permitirá que aviões pousem com menos visibilidade e teto. Além disso, as obras vão melhorar as operações como um todo e dar mais agilidade e segurança às companhias aéreas.

Com isso, Maringá terá em breve a segunda maior pista do estado — somente atrás de Foz do Iguaçu — e uma infraestrutura capaz de suportar o aumento da demanda do transporte aéreo na cidade por vários anos.

Nesse pacote de obras o que seguirá inalterado é o terminal de passageiros. A administração do aeroporto, no entanto, tem planos para ampliar o equipamento em 2.452 m2 além dos 4.200 m2 atuais. Sem contar a instalação de duas pontes de embarque para conectar as aeronaves diretamente às salas de embarque e desembarque.

Quando concluídas todas essas intervenções, o aeroporto de Maringá poderá voltar a crescer, ao menos terá como suportar esse avanço. Esse crescimento se desenhava em 2019 e nos primeiros meses de 2020 e caminhava, inclusive, para níveis semelhantes aos de 2015, quando registrou o maior movimento de passageiros anuais.


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