Não me entenda mal, o cânone literário é ótimo. Ajuda bastante – o que estudar na escola, o que cobrar no vestibular, o que, da infinidade dos livros já escritos, deveríamos continuar lendo hoje. Mas ele não se forma naturalmente e sem problemas. Quem monta o cânone e quais são os valores refletidos por ele são perguntas essenciais quando nos deparamos com qualquer recorte desse tipo. E mais, porque o que ficou de fora não entrou no cânone.
Por isso conversamos sobre Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, um livro publicado em 1859 que quase não chegou aos dias de hoje (e o romance mais antigo escrito por uma mulher que temos notícia no Brasil). Vamos falar sobre livros?
Sobre o/a autor/a
Gisele Eberspächer
É jornalista e mestre em Estudos Literários pela UFPR. Trabalha com crítica literária desde 2012 no jornal “Rascunho” e no canal “Vamos falar sobre livros?”.