O que aprendemos no Social Media Week SP

Veja dicas (gratuitas!) de como usar melhor as suas sociais

Participei agora em setembro do Social Media Week SP, um dos maiores eventos de mídias sociais da América Latina. Gosto bastante do formato deles porque são muitas palestras simultâneas, com gente muito boa mesmo, por um preço bem acessível. A maioria, inclusive, você consegue assistir de graça de ficar na espera pelos lugares vagos na plateia.

Com ajuda da minha equipe – Brenda e Gabriella – separamos algumas dicas bem práticas do que vem sendo discutido e pode ser aplicado por quem gerencia qualquer tamanho de perfil nas mídias sociais.

Bora lá?

Quem define o que será postado é o público, não quem posta!

Não adianta você escrever só aquilo que a empresa (ou o dono!!!) quer falar, não vai interessar ao público e não vai gerar conversa.

Invista nos cupidos virtuais

Você já ouviu falar em community manager? É mais um desses termos que adotamos em inglês com um significado bem literal (tipo fazer uma call rs): gerente de comunidade. É quem cuida de todas as interações da sua marca e tem como missão aproximá-la das pessoas. Mas vai muito além de responder comentários e mensagens inbox: trabalha como um cupido, criando oportunidades de engajamento e monitorando o que está sendo dito em suas publicações para planejar novas pautas.

Se você não conhece seu público, a mensagem nunca chegará.

Pra gerar conversa, é preciso saber o que seu público gosta, o que ele presta atenção, o que consome, o que ouve, como se comporta. Se você não conhece o público, vai ficar falando pras paredes na internet e o objetivo de se relacionar com o público não será atingido. O flop vem!

Antes de questionar o público, questione-se

Faça um guia de perguntas pra si você mesmo antes de produzir conteúdo. 

Quem sou eu e qual é a minha opinião?

Aonde quero chegar com esse tema?

A quem estou comunicando?

Como vou fazer?

Com essas respostas, o caminho é planejar, pesquisar, criar, revisar, publicar e medir pra ver o que funcionou melhor e por quê. 

As mídias sociais não são um caderno de confidências: nada de abra e descubra!

Há algumas páginas que adotam a estratégia de colocar o link nos comentários. Se é uma página com grande volume de comentários, o link se perde. Mas ainda que não seja, dificilmente o usuário vai querer clicar nos comentários pra abrir um outro link que vai tirá-lo da plataforma em que ele está.

Um envelope com muitas cartas economiza o selo.

Mais uma vez: conheça seu público! Não é incomum que as empresas atendam diferentes tipos de público, com perfis diferentes buscando o mesmo produto pra ações diferentes. Você deve conversar com cada um deles dentro da plataforma oficial!

Seu conteúdo deve flutuar em diferentes assuntos.

Repita o mantra: as mídias sociais não são vitrine, nem folder de loja. Não pode ter um único tema, não pode só vender coisa. É necessário falar sobre vários assuntos, desde que, claro, sejam comuns ao seu ramo de atuação ou ao público que você quer atingir.

Conexões reais em um ambiente virtual

Se você ou seu cliente questionam a necessidade de estar presente nas redes sociais, é preciso entender que as mídias criam conexões e segmentam o público. Não tente usar a rede social como um outdoor, é um desperdício das possibilidades que ela oferece!

E pra criar conexão, é preciso responder a pergunta: que motivo leva as pessoas a seguirem sua página? O que elas vão procurar ali?

Ter um milhão de seguidores não é o mais importante

Tamanho de base de seguidores não significa absolutamente nada! Inclusive, pesquisas recentes mostram que a taxa de alcance e engajamento é muito maior entre páginas com menos de 10 mil seguidores do que as com mais de 100 mil, por exemplo. Micro-influenciadores podem funcionar melhor que uma celebridade. 

Sem iô-iô de usuário!

Não tem nada mais irritante que quando a gente liga pra uma empresa, eles começam a nos enviar de atendente pra atendente, né? É a mesma lógica na internet! Começar um post no Facebook, com link pro site que tem um link pra um formulário no Google que termina com um vídeo no Youtube é um erro. O usuário vai desistir (e se irritar!) no segundo passo.

Se você levanta uma bandeira, vá até o fim com aquilo que acredita. 

Não desista no meio e nem se contradiga! Um dos casos mais recentes envolveu a Nike e o jogador da NFL Colin Kaepernick que se posicionou e pagou um alto preço por protestar contra a violência policial. Depois da campanha, americanos conservadores chegaram a organizar um boicote à marca e até o Trump reclamou. Mas a Nike manteve a campanha no ar e ganhou o prêmio de Comercial Excepcional, pela Creative Arts Emmys.

Humanas? Nada disso: em mídias sociais os números importam! 

Não existe trabalho de mídias sociais em olhar pros números. Seja bem maluco e pergunte a eles o que eles estão querendo dizer! Não desconsidere o contexto que levou a ter números muito altos ou muito baixos de determinado conteúdo.

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