O coronavírus chega no fim do mundo

A América do Sul é um poço sem fundo de mediocridade política

É um fato consumado que os países do sul do mundo produzem líderes políticos canhestros e medíocres há muito tempo numa volúpia patológica, que independentemente de ideologias nebulosas, ancestralidades poderosas; colonização de povos assim e assado; desgraça a vida dos que aqui moram, como uma reza sem fim de choros e desesperos.

Por serem legitimamente ineptos aos cargos, facilitam o crescimento da pobreza e a fuga de riquezas do país. Sua visão confusa de futuro, ainda baseada em ditames falidos de organização e poder, inflam crenças atávicas, dificultando crescimentos econômicos e desenvolvimento social. Vale lembrar que para produzir riqueza são necessárias competências e não crenças.

No continente, Nicolás Maduro é o representante do obscurantismo que a região produz de tempos em tempos.

Após sete anos de caos econômico e humanitário, a Venezuela está destruída. Segundo a ONU, até o final de 2020 cerca de 6,5 milhões de pessoas terão saído do país (que contava com 30 milhões de habitantes antes do êxodo. Um número inimaginável de migrantes na história do continente. Um êxodo que deixa para trás 1 milhão de crianças dependendo de familiares e muitas morando sozinhas em suas casas, pois seus pais foram forçados a procurar comida e trabalho nos países vizinhos. Esse é “apenas” um exemplo dentre muitos do que a Venezuela foi capaz de fazer.

Diante da ruína social, o coronavírus chega e amplia a desesperança. Sem medicamentos nem estrutura hospitalar, o vírus é a afirmação do inferno que é viver e morrer nesse país. O Brasil é uma Suécia nessa hora.

Maduro em seu Twitter, disse “que cinco copos por dia, durante doze semanas, de porções de capim-limão com suco de limão, gengibre, sabugueiro, pimenta preta e mel protegem do Covid-19”.

É ou não é um típico governante do sul do mundo?

Talvez… talvez a luz no fim do túnel para a Venezuela comece timidamente a aparecer com o anúncio feito pelo governo dos Estados Unidos (sempre eles), indiciando Maduro como narcoterrorista e traficante de cocaína, liderando um cartel enquanto subia ao topo do governo venezuelano. Junto com a acusação, o Departamento de Estado Americano também anunciou uma recompensa de US$ 15 milhões por informações para a prisão de Maduro e outros milhões para seus asseclas.

Marketing eleitoral do Trump? Sim… também. A última vez que os Estados Unidos acusaram um presidente de outra nação de envolvimento com drogas que entram em seu território, não teve nada de marketing. Entraram no Panamá em 1989, capturaram Noriega, fim de papo.

É imperativo para qualquer presidente americano deixar sua marca de justiceiro do mundo: Bush pai capturou Noriega. Bush Jr. capturou Saddan Hussein. Obama capturou Bin Laden. Trump matou Soleimani e… para o segundo mandato… O empecilho maior será a Rússia, mas nada que um acordo monetário não resolva a questão, afinal a Venezuela tem a maior reserva de petróleo do continente.

É raro ditaduras serem derrubadas pela sua população, sem ajuda política e militar externa. A Cuba comunista está aí fazendo par com a Coreia do Norte como tristes exemplos de modelos de vida. O valor maior para esses regimes é a submissão.

A servidão retira a obrigação de ser responsável por si, por suas escolhas e, portanto, é mais confortável que a liberdade, com seus riscos constantes de acertos e erros; produzindo rotinas sem muitas perguntas. Quando se apresenta gentil, sem muitas repressões, o totalitarismo substitui pai e mãe, como o protetor maior da vida do indivíduo. Pequenos prazeres são o suficiente para produzir alegrias. Para muitos, querer apenas viver é sinônimo de sabedoria, de completude, um aspecto cultural para outros. Governantes da linhagem de Maduro adoram ver que essas e outras características correlatas são a força da qual ele se alimenta todas as manhãs.

Em 2019, Trump determinou sanções econômicas totais contra o governo da Venezuela, congelando todos os bens em território americano e proibindo transações comerciais. Foi a primeira vez em 30 anos que o governo americano tomou esse tipo de ação contra um governo ocidental. A Venezuela desde então faz parte do club privé do atraso da civilização: Cuba, Coreia do Norte, Irã e Síria.

No começo do século 20, a Venezuela descobre possuir enormes depósitos de “ouro negro”, o que fez o país vender riqueza e como tudo na América do Sul, produzir muita pobreza correlata. Com Hugo Chávez no poder em 1999, o índice de miséria era de 42% da população. O “bolivarianismo” ou “chavismo” (que seja) diminuiu esse índice para 32% até 2015. Hoje, 175 anos após sua independência da Espanha, 70% da população vive em estado de miséria.

Chavez morre de câncer em 2013 e no seu lugar assume Maduro, ex-condutor de trens do metrô de Caracas. Pesquisas feitas em 2017 apontaram que 80% da população venezuelana o rejeitava como líder, entretanto foi “reeleito” para mais um mandato em 2018.

Como o foco do regime bolivarianista não é produzir riqueza e sim, apenas, extrair e vender o petróleo, o país precisou importar de tudo. Até arroz e feijão… imaginem. Ficando completamente dependente do comércio exterior, num modelo de “governo tribal extrativista” em um mundo com pensamentos liberais. Impossível ganhar esse jogo.

Devido ao engajamento com países comunistas e de políticas extremistas, barreiras econômicas foram erguidas paulatinamente, dificultando a venda do petróleo e a compra de produtos. O caos se firma como a essência da política venezuelana, como acompanhamos tristemente há anos.

Por tudo isso, pelo ego e porque nenhum outro pais se prontifica a resolver tiranias para valer, Trump não vê a hora de estrangular a ditadura de Maduro e ter sua estrela na calçada da fama da paz mundial.

Até a semana que vem!

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