Entre as inúmeras temáticas importantes que se destacam durante a pandemia em que estamos vivendo está a violência doméstica. Assunto recorrente nos noticiários, nas conversas da vizinhança e muitas vezes dentro da nossa própria casa.
Acho tão inacreditável que este tipo de prática ainda exista, mas, como todos sabem, ela é real, especialmente para aquelas que sofrem na pele o peso da dor e da exclusão ou acompanham de perto o drama de suas mães, avós ou irmãs. Vamos lá, pessoal! Vamos levantar nossas vozes e ficar atentos ao que acontece com aqueles que precisam de ajuda e não conseguem gritar. Os danos para a vida das vítimas são imensuráveis.
Neste cenário tão horrendo, temos a obrigação de não nos calarmos e lutarmos pelo fim da violência e da discriminação contra mulheres, independentemente de onde ou como vivem, independente de sua idade, raça ou classe social.
O que já era ruim, tornou-se ainda mais delicado com a crise de nosso sistema de saúde e a necessidade de confinamento e diminuição do contato social. Com isso, muitas mulheres ficaram em casa para se proteger da doença e se deparam com o seu agressor 24 horas por dia.
As denúncias aumentaram drasticamente, isso daquelas que têm forças para contar o que estão vivendo. Pensando nisso, estamos lutando na Câmara Municipal de Curitiba pelo Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, uma medida de combate e prevenção à violência doméstica ou familiar. A ideia é que a vítima sinalize a palma de sua mão com um X, de preferência na cor vermelha, como pedido de socorro.
Precisamos da ajuda de todos nesta luta de erradicação da violência. A mudança da nossa sociedade depende de cada um de nós. Preste atenção nos sinais.
Para ir além
Sobre o/a autor/a
Noemia Rocha
Formada em Gestão Pública, vereadora, integrante do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba. Atualmente é presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte. Defende o combate às drogas, empoderamento da mulher, saúde, educação e segurança pública.