Em pleno confinamento, a ONU sinalizou uma pandemia de invisibilidade crescente, sabe qual? A da violência contra a mulher! Países como Argentina, Canadá, França, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Austrália e Estados Unidos relataram índices maiores de pedidos de ajuda, afinal, a violência está aumentando com intensidade. Aqui no nosso país, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos divulgou recentemente dados sobre denúncias de violência contra mulheres.
Só no ano passado, foram mais de 105 mil denúncias registradas nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100. Infelizmente, 75,7 mil denúncias são referentes a violência doméstica e familiar. De acordo com a Lei Maria da Penha esse tipo de violência é caracterizado pela ação ou omissão que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico da mulher. Ainda estão na lista danos morais ou patrimoniais a mulheres. Aqui está a grande questão: esses dados estão aumentando, já que com o isolamento dessas mulheres com parceiros violentos, elas ficam longe das pessoas e dos recursos que podem melhor ajudá-las.
“Mesmo antes da existência da Covid-19, a violência doméstica já era uma das maiores violações dos direitos humanos. Nos 12 meses anteriores, 243 milhões de mulheres e meninas (de 15 a 49 anos) em todo o mundo foram submetidas à violência sexual ou física por um parceiro íntimo. À medida que a pandemia da Covid-19 continua, é provável que esse número cresça com múltiplos impactos no bem-estar das mulheres, em sua saúde sexual e reprodutiva, em sua saúde mental e em sua capacidade de participar e liderar a recuperação de nossas sociedades e economia”, disse Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres e vice-secretária geral das Nações Unidas.
Eu não sei você caro leitor, mas todas as vezes que leio dados como esses, uma revolta gigante grita dentro de mim e me faz a cada dia, trabalhar mais e pensar em leis que tornem o sofrimento de crianças e mulheres um pouco menor.
Isso mostra que precisamos urgentemente parar de fazer políticas públicas baseados no que achamos, e sim nos munir de dados e investigações e assim, criarmos um novo cenário protetivo para as vítimas e de justiça para os criminosos!
Cada dia mais temos estudado problemas que envolvem nossas crianças e mulheres e por conta disso, propomos boas soluções. Você pode acompanhar através das minhas redes sociais e site como já tenho dito nos meus textos anteriores, sua opinião e sugestões sempre serão bem-vindos.
Na Câmara de vereadores, tenho projetos de leis sobre esse assunto também. Para saber mais, acesse minhas redes sociais @sargentotaniaguerreiro ou meu site www.sargentotaniaguerreiro.com.br
Se você está sofrendo qualquer tipo de violência denuncie!
O Disque 100 e o Ligue 180 são serviços gratuitos para denúncias de violações de direitos humanos e de violência contra a mulher, respectivamente. Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelos serviços, que funcionam 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Além de cadastrar e encaminhar os casos aos órgãos competentes, a Ouvidoria recebe reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
Para ir além
Sobre o/a autor/a
Sargento Tânia Guerreiro
Mãe, mulher, cristã, educadora do PROERD, pedagoga, pós-graduada pela PUCPR em Metodologia de Enfrentamento a Violência contra a Criança e Adolescente e com 35 anos de Polícia Militar do Paraná.